Interditada desde o dia 23 de outubro, após apresentar um rebaixamento na pista, a ponte Tancredo Neves – que liga os bairros São Vicente e Cordeiros – desmoronou na noite deste domingo (13).
Desde que a ponte começou a ceder, o município iniciou avaliações para identificar o motivo do rebaixamento da pista e quais medidas seriam necessárias para recuperar o local. Agora, com a queda, novas ações foram traçadas.
Na tarde desta segunda-feira (14), o Prefeito Jandir Bellini reuniu todo o corpo de engenharia das secretarias de Obras, Urbanismo e Planejamento, que irá trabalhar junto na elaboração do projeto de reconstrução. O primeiro passo será reavaliar as cabeceiras da ponte pra ver se a estrutura está comprometida. Caso elas não tenham sido afetadas, iniciará o projeto de recuperação do vão central da ponte, ou se elas estiverem comprometidas, iniciará o projeto para construção de uma nova ponte. A meta é concluir esse projeto em 60 dias.
Também será avaliada a possibilidade e o custo benefício da construção de uma ponte pênsil para pedestres e ciclistas utilizarem nesse período em que a ponte estará em obras.
O que já foi feito
Uma inspeção subaquática foi contratada pelo município para avaliar os pilares e as vigas da ponte. Nesta inspeção feita por batimetria, uma sonda avaliou metro a metro os pilares da ponte. Foram feitos registros fotográficos e em vídeo de toda a estrutura submersa e também sondagens para analisar o solo onde as vigas estavam estaqueadas.
O laudo desta inspeção apresentou que havia uma escavação grande no bloco central da ponte ao redor dos pilares. Com isso, a viga que deve ficar envolta de areia para se sustentar, ficou desprotegida e começou a afundar. Outro problema apresentado neste laudo foi quanto à profundidade das estacas. O estaqueamento da ponte foi feito através de uma técnica antiga (comum na época da construção da mesma) onde as estacas eram fincadas até a camada de solo compactado e não até a rocha matriz. As estacas tinham de 12,90 a 16,40 metros. Hoje, as estacas de pontes possuem 45,50 metros (mais que o dobro de profundidade).
Com base nessa inspeção subaquática, uma empresa de engenharia começou a elaborar o projeto de recuperação da ponte, que deveria iniciar nos próximos dias, e previa a construção de novos blocos e pilares centrais para conter o rebaixamento da ponte (que era de um milímetro por dia) com estaqueamento de 45,5 metros de profundidade. Com o desmoronamento do local, outras medidas serão tomadas.