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Hospital Ruth Cardoso realiza primeira captação de órgãos do ano

Foram doados o fígado e o pâncreas de uma paciente, vítima de AVC

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CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS DIVULGAÇÃO 2
Divulgação

O Hospital Municipal Ruth Cardoso, realizou nesse domingo, 22, o primeiro procedimento de captação de órgãos deste ano. Foram doados o fígado e o pâncreas da paciente J.S.F. de 67 anos, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). A captação foi feita pela SC Transplantes e durou pouco mais de três horas.

A possibilidade da captação ocorreu após o diagnóstico da morte encefálica da paciente. Com a autorização da doação dos órgãos dada pela família, o hospital acionou a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgão e Tecidos para Transplante (CIDOT), que é a comissão responsável pela captação e translado de órgãos em Santa Catarina. Todo o procedimento foi realizado no Hospital Ruth Cardoso, coordenado pelo diretor de Enfermagem, Ricardo Lorens Brodersen, com auxílio dos profissionais Fabiana Cristina Koneski Rodrigues, Lucia Aparecida Fermino Dias, Adriano Acosta e Leoniza Mattos Trindade.

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A Central de Transplantes do Estado, com base em um cadastro de espera, é quem define quais pacientes receberão os órgãos. O tempo máximo de preservação extracorpórea do fígado e do pâncreas é de 12 a 24 horas.

Como funciona a captação de órgãos

Com a confirmação do óbito do paciente e a verificação da possibilidade de captação de órgãos, inicia uma etapa bastante delicada, a de convencer os familiares sobre a importância da doação. “Os familiares estão vivendo um momento de muita dor e precisam tomar uma decisão bastante importante. Por isso, o hospital tem uma equipe formada por profissionais capacitados para conversar com os familiares e apresentar a possibilidade da doação” conta a diretora da Divisão de Saúde de Balneário Camboriú, Andressa Bertiel Wilkeke Hadad.

Por isso, é tão importante que as pessoas informem seus familiares sobre a vontade de doar órgãos. Essa autorização pode constar na carteira de identidade ou ser registrada em cartório. “Temos a possibilidade de salvar várias vidas de pessoas que tem como última alternativa de sobreviver com o transplante de órgãos” ressalta Andressa.

Com a autorização dos familiares o hospital aciona o CIDOT e inicia uma bateria de exames para assegurar que os órgãos estão saudáveis para a doação. Durante este tempo o paciente doador permanece ligado em aparelhos, para que os órgãos continuem em condição ideal para ser doado. Feita a verificação a equipe do CIDOT faz a cirurgia para retirada dos órgãos, que são acondicionados em gelo num recipiente especial e encaminhados para o transplante.

Após a captação os órgãos são enviados para doação. O hospital referência para transplante de córneas é o H.M. Marieta Konder Bornhausen; de fígado o Santa Isabel e o HU; de rins o Joinville e Santa Isabel, e de coração o Santa Isabel.

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