Um crime bárbaro chocou Balneário Camboriú na última quarta-feira (11). A professora Márcia Ouriques, 45 anos, foi assassinada por golpes de faca no apartamento onde morava com o filho, na Rua 4500, no Centro de Balneário Camboriú. As primeiras investigações realizadas pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) no local apontavam o filho Bruno Ouriques Furtado, 18 anos, como o principal suspeito. Após cometer o crime, Bruno fugiu levando uma motocicleta de propriedade da mãe.
A polícia foi acionada por vizinhos que ouviram gritos de uma briga no apartamento de Márcia por volta das 5 horas da manhã. A vítima suplicava por socorro. Márcia foi encontrada morta pouco tempo depois, onde o Instituto Geral de Perícias revelou que ela foi assassinada com 38 golpes de faca desferido no corpo. O apartamento se encontrava com visíveis marcas de violência e sangue.
Diante do que restou apurado nas investigações encetada logo depois do crime, foi repassado a todas as forças de segurança da região a informação acerca da autoria, sendo solicitado o empenho de todos para a captura do suspeito, tendo as buscas para a localização se intensificado ante a abrangência da informação, que foi difundida por meio dos aplicativos Whatsapp e Telegram.
Na manhã de quinta-feira (12), em razão das diligências ininterruptas realizadas e diante do cerco e iminência de ser localizado, eis que as diligências se estenderam até a noite, Bruno solicitou que uma mulher informasse a Polícia Militar acerca de seu paradeiro, culminando com sua captura na cidade de Bombinhas – SC onde se encontrava escondido.
Ao ser interrogado pela Autoridade Policial na sede da DIC, Bruno confessou que na noite do crime chegou a casa embriagado, e sua mãe percebeu que havia consumido drogas, tendo o expulso de casa, quando então se iniciou uma discussão entre eles. Inconformado com a decisão de sua mãe, Bruno apanhou uma faca e passou a desferir golpes, tendo os primeiros atingidos a cabeça da vítima e, mesmo ferida a vítima dizia que amava o filho e implorava para que Bruno parasse de agredi-la, contudo, sem sucesso. O autor alegou que as várias facadas foram necessárias para evitar que a vítima sofresse.
Neste ínterim, vizinhos bateram na porta para auxiliar a vítima, porém o autor a sufocou com um travesseiro e a esganou com as mãos, impedindo que continuasse a pedir socorro. Após o cometimento do crime Bruno tomou banho, escolheu, segundo ele as melhores roupas e as mais caras e deixou o corpo de sua mãe no apartamento, levando consigo além das roupas, a carteira da vítima contendo R$ 100, relógio, chave do veículo e a motocicleta, utilizada para empreender fuga.
Durante o deslocamento para a cidade de Bombinhas sofreu um acidente, tendo abandonado a motocicleta em um barranco, sendo localizada pela Equipe de Investigação da DIC, orientando-se pelas informações prestadas por Bruno. Os demais pertences também foram recuperados, com exceção do valor que utilizou para pagar a diária em uma pousada onde pernoitou.
Bruno foi autuado em flagrante por homicídio doloso. O procedimento foi possível pelas investigações contínuas realizadas pela DIC, tendo a Autoridade Policial representando pela decretação da prisão preventiva, sendo o pleito acolhido pela Juíza de plantão, e ainda na mesma noite foi expedido o mandado de prisão preventiva, assegurando que Bruno permaneça recluso até o seu julgamento.
Segundo o Delegado de Polícia Osnei Valdir de Oliveira, coordenador da DIC – BC, o grau de violência empregado pelo autor impressionou até mesmo policiais experientes que atuaram no caso, especialmente pelo fato de ser praticado contra a própria mãe, descrita pelas pessoas inquiridas no procedimento com uma pessoa pacífica e aberta ao diálogo, e que dedicava sua vida para proporcionar uma vida confortável ao filho, que se tornou seu algoz.
O Delegado ainda destacou o quanto é importante o combate ao uso e tráfico de drogas, que nesse caso foi o que causou a destruição de uma família, cujo crime chocou a sociedade.
Após os procedimentos cartorários, Bruno foi encaminhado ao Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, no bairro Canhanduba, em Itajaí.
Bora trabalhar para pagar os impostos, pra sustentar ele e mais um monte de vagabundo na cadeia ! comidinha tem que ser boa, senão eles queimam o colchão !