Na última sexta-feira (20), chegou ao conhecimento tanto da Polícia Civil por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC), quanto da Polícia Militar, que ocorreria uma transação de drogas e seria realizada a entrega de uma grande quantidade de ecstasy.
Ao ser realizada a troca de informações, verificou-se as denúncias faziam referência à mesma transação ilícita, sendo então montada uma operação para o monitoramento das pessoas citadas no informe. Após pesquisas preliminares realizadas, foi possível a completa identificação das pessoas que estariam envolvidas na transação ilícita, bem como os locais em que residiam e, de posse destas informações, as Equipes Policiais com viaturas descaracterizadas ficaram posicionadas tanto nas proximidades do Edifício do responsável pelo fornecimento da droga, quanto nas proximidades da residência do casal que receberia a droga.
Após mais de cinco horas de campanas, a Equipe que realizava a vigilância na residência do responsável pelo fornecimento da droga, informou que este de posse de um veículo Honda Civic de cor preta, deixou o edifício Terraço da Rainha, dirigindo-se para o bairro dos Municípios, onde as demais Equipes estavam posicionadas.
No acompanhamento realizado, constatou-se que o veículo estacionou no final da Rua Caçador, tendo o condutor permanecido por alguns minutos no veículo e, na sequência uma mulher se aproximou, sendo que no momento que iniciaram a negociação para o entrega/recebimento da droga, foi procedida à abordagem.
Durante a realização de busca pessoal e veicular, logrou-se na localização e apreensão de grande quantidade de comprimidos que, a priori se trata da substância estupefaciente conhecida como ecstasy, além de micropontos do alucinógeno LSD. No interior do veículo foram localizados 150 comprimidos de ecstasy e nas vestes íntimas de D. foi encontrado um pacote contendo nove invólucros, todos cheios de comprimidos, totalizado 1.403, além de 25 micropontos de LSD.
O condutor do veículo foi identificado como sendo D.E.D.R. e a mulher que realizava a negociação como sendo G.M.M.
Nas diligências complementares realizadas na residência de G., foram localizados e apreendidos valores em espécie, num total de R$ 1.630,00, 73 comprimidos de ecstasy e 24 micropontos de LSD.
Já no apartamento de D., além da apreensão de uma grande quantidade de matéria prima para a produção de ecstasy, foram apreendidos um total de 166 comprimidos e 447 micropontos de LSD.
Constatou-se que ele possuía equipamentos destinados à fabricação da substância estupefaciente, sendo o local periciado pelo IGP – Instituto Geral de Perícias. Além de matéria prima destinada a fabricação dos comprimidos, no local havia sacos plásticos utilizados para embalar a droga e outros equipamentos, dentre eles balança de precisão e uma prensa onde os comprimidos eram produzidos.
Além dos materiais, foram apreendidas cerca de R$ 844,00 em espécie, além de comprovantes de depósitos, os quais demonstram que havia uma intensa movimentação financeira na conta bancária de D.
Durante a entrevista realizada com G., esta informou que a droga apreendida em sua residência, pertencia a ela e ao marido que comercializavam em casas noturnas da região, e o carregamento que estava recebendo de D. seria repassada a terceira pessoa que levaria para outra cidade, contudo, instantes antes da chegada dos Policiais, seu marido tinha ido jogar futebol, tendo, então, ficado responsável pelo recebimento da droga.
O Delegado Osnei Valdir de Oliveira, Coordenador da DIC destaca que o sucesso da operação foi possível graças à persistência e dedicação dos Policiais envolvidos, que desde o início ao término do procedimento durou mais de 14 horas, bem como o entrosamento das Equipes das Polícias Civil e Militar.
Diante do estado de flagrância, o casal foi conduzido à sede da DIC e autuados em flagrante delito pela prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo que D. ainda foi indiciado pela prática do crime de possuir maquinário destinado à fabricação de drogas.
Após os procedimentos cartorários, D. foi encaminhado ao CPVI – Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, e G. para o Presídio Regional de Itajaí.