O Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Balneário Camboriú deixou, nesta quarta-feira (27), as funções que exercia no atual Governo Municipal. Tal decisão foi tomada unanimemente pelos afiliados, que optaram na noite de terça-feira (26), que o partido tenha candidatura própria nas eleições deste ano.
A ousadia do partido – que estava a frente da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social, através da pessoa de Luiz Marcelo Camargo – de se desligar do governo é na verdade uma sequela de uma decisão ainda mais polêmica: lançar o controverso engenheiro Auri Pavoni como candidato a prefeito de Balneário Camboriú.
“Alguns podem ver como ousadia outros como imediatismo, mas nós desejamos iniciar hoje um projeto de novo ciclo político para Balneário Camboriú”, destaca o presidente do partido, Allan Muller Schroeder.
Nas próximas semanas o partido prepara um evento de divulgação da pré-candidatura, com as presenças de Auri Pavoni, das principais lideranças partidárias do Estado e do país, como o ex-ministro Manoel Dias, o presidente nacional do partido Carlos Lupi e pré-candidato a Presidência da República Ciro Gomes.
O polêmico pré-candidato
Auri Pavoni foi secretário do Planejamento nos governos Rubens Spernau e Edson Piriquito. A maior polêmica que envolve o seu nome é em relação à rua paralela aberta na Estrada da Rainha. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por supostamente ter usado seu cargo na prefeitura para possibilitar a abertura da rua, que beneficiaria um empreendimento de sua construtora. O caso ganhou repercussão nacional após ser transmitido pelo programa de televisão CQC, onde declarou que “meia dúzia não representa a população”, se referindo às pessoas que foram protestar a obra.