Onze anos após ter o mandato cassado por sua participação no escândalo do Mensalão, do qual foi delator, o presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, palestrou neste sábado (14) para cerca de 500 pessoas durante evento da executiva catarinense do partido, realizado em Balneário Camboriú. O petebista falou sobre desafios a serem enfrentados em nível nacional e manifestou apoio à candidatura local de Claudir Maciel para prefeito da cidade.
O encontro realizado na CELD Futebol, no bairro Nova Esperança, contou com participação de lideranças nacionais, regionais e municipais, entre elas, o deputado estadual Gean Loureiro, o vereador Claudir Maciel e o presidente da legenda em Balneário Camboriú, Raphael Carioca, que compuseram os trabalhos e falaram durante o ato.
Além da população presente, compareceram representantes do PTB de Lages, São José, Florianópolis, Camboriú, Itapema, Três Barras e Jaraguá do Sul. Roberto Jefferson desejou a todos momentos de tranquilidade às famílias, amor e paz após mudanças ocorridas no cenário político nacional e troca de comando na Presidência da República.
O presidente nacional afirmou que o PTB está à disposição, colocando o vereador Claudir Maciel na disputa pela prefeitura de Balneário Camboriú. Foi o desejo também manifestado pelo presidente estadual Francisco Cochi, que fez apelo pelo engajamento do partido em outros municípios, com envio de nominatas de candidatos a vereador.
Mensalão
Roberto Jefferson ficou conhecido nacionalmente por denunciar a prática de compra de votos na Câmara – o mensalão –, após se envolver em um escândalo de corrupção nos Correios. O ex-deputado foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele disse ser vítima de si mesmo. O presidente do PTB também rejeitou a tese de que teria vendido o apoio de seu partido ao PT. Condenado a mais de 10 anos de reclusão em regime fechado, recebeu o benefício da delação premiada, e sua pena foi reduzida em um terço, para 7 anos e 14 dias. Em maio de 2015, o político fluminense passou a cumprir o restante de sua pena em regime aberto, após autorização concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso.