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Saiba como foi a caçada ao pedófilo que coagia e estuprava suas vítimas

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Vítima do pedófilo. Foto: Núcleo de Combate às Drogas e à Pedofilia / Divulgação
Vítima do pedófilo. Foto: Núcleo de Combate às Drogas e à Pedofilia / Divulgação

Nos últimos vinte dias a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú, o Conselho Tutelar de Camboriú e o Núcleo de Combate às Drogas e à Pedofilia de Camboriú trabalharam para identificar o homem que ameaçava e abusava de adolescentes em Camboriú e região. Confira como foi a caçada ao pedófilo:

Início de abril. Uma mãe vê sua filha chorando. A menina está prestes a se encontrar com um desconhecido após ele conseguir fotos sensuais suas. Desesperada, a mãe ouve, acalma e dá apoio a filha. Em seguida registra Boletim de ocorrência. Mas, contra quem? Apenas um perfil falso no facebook com nome de Juliana Beckermal.

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O criminoso dava várias pistas falsas à vítima. No início dizia ser adolescente. Depois dizia se chamar Renato e ter mais de 30 anos. Também dizia ser um hacker, morador em Florianópolis, e que era policial.

Dias após, a mãe procura o Conselho Tutelar e pede ajuda. O conselho então pede ajuda para o Núcleo de Prevenção, que por sua vez aciona a DIC. Começa a grande caçada. Seria como procurar uma agulha num palheiro.

Uma nova vítima é descoberta. A equipe de investigação então fica mais forte. Polícia, Conselho Tutelar, Núcleo, vítimas e pais. As mães e as jovens são fundamentais e determinadas na busca do pedófilo.

Vários dias e noites passam. DIC, Conselho e Núcleo trocam informações. Alguns pais acompanhavam o trabalho durante horas. Surge uma pista: um veículo GM/Montana, cor bege.

Uma nova informação leva Conselheiros, Núcleo e DIC a uma outra cidade. Foram horas de espera. Mas ele não foi localizado. As câmeras de segurança já não tinham mais as imagens dos dias em que ele esteve em Camboriú.

O tempo passa e ele começa a fazer outras vítimas. O pedófilo, depois de conseguir uma foto, passava a atormentar as vítimas, usando expressões como: “olha aqui, eu sou um hacker e tenho a sua foto, e se você não fizer o que eu quero, todos os seus amigos da rede social e seus familiares vão ver essa sua foto”.

Finalmente uma nova pista. É descoberto parte do nome do criminoso. Policiais da DIC se unem e rapidamente começam a busca. A delegacia fica toda em função disso. Mas o nome ainda não estava completo. Então, um policial descobre uma placa. Parece que agora o nome estava completo. Surge a foto e a confirmação: É ele… É ele! As vítimas se abraçam e choram. “Olha eu tô tremendo”, diz uma delas.

A Polícia então consegue a qualificação do homem e seu endereço e posteriormente a prisão acontece. Após sua prisão, imediatamente as vítimas são avisadas. O choro é inevitável. A maioria das vítimas não informou aos pais e sofria calada. Uma das meninas, de treze anos de idade, ao ser informada da prisão do homem, começa a chorar e diz: “eu não acredito… Eu to livre… Obrigado!”

Alguns dos perfis falsos utilizados pelo homem para aliciar novas vítimas. Foto: Facebook / Reprodução
Alguns dos perfis falsos utilizados pelo homem para aliciar novas vítimas. Foto: Facebook / Reprodução

 

Trabalho nas escolas para prevenir e identificar novas vítimas

Iniciou na sexta-feira (25) em Camboriú, um trabalho de prevenção e orientação sobre os cuidados que os jovens devem ter com as redes sociais. Além disso, foi mencionado sobre o pedófilo que agia na região de Camboriú e a quantidade de jovens que tinham adicionado como amigo os perfis falsos do pedófilo foi assustador. Foram localizados também novas vítimas.

Nesta segunda-feira (28), o trabalho do Núcleo de Prevenção as Drogas e Pedofilia será realizado nas escolas do Monte Alegre.

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