A cesta básica na cidade de Itajaí voltou a registrar um aumento em seu custo, depois de duas quedas consecutivas. A pesquisa mensal feita pelo projeto Cesta Básica Alimentar de Itajaí, monitorado pela equipe da Uni Junior, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), aponta que em setembro a cesta aumentou 1,70%, passando de R$ 304,17 para R$ 309,35.

As principais altas no mês foram no preço do pão francês (34,80%), do tomate (15,35%), da manteiga (11,16%), do café em pó (4,99%), do açúcar (4,13%), da batata (2,85%) e do arroz (1,70%).

No ano, o aumento da cesta básica já alcança 10,79%, e nos últimos doze meses a alta é maior, chegando a 18,21%, acima do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para a meta da inflação.

A pesquisa também mostra que houve queda no preço de alguns produtos, o que ajudou a manter certo equilíbrio nos gastos com a alimentação básica. Os itens que pesaram menos no bolso do consumidor foram a banana branca (23,44%), o leite (17,05%), o feijão preto (5,07%), a carne (4,36%), o óleo de soja (1,49%) e a farinha de trigo (0,13%).

Segundo Jairo Ferracioli, professor economista e coordenador do projeto que pesquisa a cesta básica de Itajaí, a carne é o produto com maior peso sobre o custo da cesta, representando 39,03%, e sua queda de 4,36% neste mês de setembro reduziu o impacto do aumento no custo da cesta básica. Depois da carne, os outros produtos que mais encarecem a alimentação são: o pão, que representa 14,74% da cesta, e o tomate com 11,4%.

VARIAÇÕES DE PREÇOS NO ANO

Desde o início do ano alguns produtos ficaram mais baratos, como a banana (22,84%), o feijão preto (7,68%) e a batata (6,53%). No entanto, outros tiveram alta considerável, e fizeram o valor da alimentação disparar, como o tomate (41,71%), a manteiga (25,50%) e o óleo de soja (23,80%).

De setembro de 2014 para setembro de 2015, somente a banana está mais barata, os demais produtos estão bem mais caros, como a batata, que aumentou 108,42%, e o tomate que subiu 37,21%.

SALÁRIO MÍNIMO

O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 38,60% em agosto para 39,26% em setembro. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta, passou de 84 horas e 54 minutos para 86 horas e 22 minutos.

Tomando como base a Lei que criou a cesta básica, o custo da cesta não deveria exceder 33,35% do salário vigente em nossa região, neste caso, o salário mínimo de um trabalhador deveria ser de R$ 928,05 e de uma família padrão (dois adultos e duas crianças) deveria ser de R$ 2.759,58.