O primeiro fato ocorreu por volta das 21h30. Estava brincando com meu filho na areia da praia e fomos surpreendidos pela chegada de dois caminhões e uma máquina da prefeitura. Tivemos que dar um tempo na brincadeira. Aliás, não apenas nós, mas todos os que se encontravam na faixa de areia, pessoas jogando futebol, turistas admirando a lua (somente a lua pois a ilha segue apagada). Um fato lamentável para uma cidade turística. O mais lamentável de tudo foi quando os funcionários da prefeitura resolveram remover um tubo de concreto que servia de lixeira para o quiosque do milho. Ao tombarem, saiu um líquido com um cheiro insuportável. Aí a brincadeira acabou de vez.
O segundo fato ocorreu à meia-noite. Ao passar na Avenida Atlântica em frente a Avenida Central, observei a imensa quantidade de lixo que quase cobria o relógio. O local estava repleto de turistas. Tal fato passa uma imagem negativa para o município. Agora fica uma pergunta: de quem era o lixo? Simples resposta: dos comércios ali instalados. Os mesmos comércios que precisam dos turistas para se manterem e obterem um bom lucro na temporada. Aí falta concientização de duas partes. Dos comerciantes, que deveriam reter o lixo e transportá-lo para o local na hora do caminhão da coleta passar, e da administração pública, que permite tal fato e se faz de cega.
O terceiro fato ocorreu ao passar pela Avenida Brasil às 00h14. Resolveram pintar as áreas de cruzamento nas pistas, em plena temporada e em horário de pleno movimento. Tal medida é necessária, mas poderiam ter feito antes da chegada dos turistas em meados de dezembro ou, se realmente querem mostrar serviço para o turista, que pintassem por volta das 3h onde o fluxo de veículos é baixo.
Aqui em Balneário existe uma mania muito feia, os administradores públicos tentam mostrar serviço para os turistas, e não para os moradores e eleitores do município. O mesmo já ocorria na Administração de Leonel Pavan, Rubens Spernau e agora Edson Renato Dias, que tanto criticava os dois.
PARA PENSAR: “A política… há muito tempo deixou de ser ciência do bom governo e, em vez disso, tornou-se arte da conquista e da conservação do poder.” L. Bianciardi