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Alunos da Univali criam protótipos de equipamento usado em análise sanguínea

Cursos de Engenharia de Produção e de Biomedicina uniram-se para desenvolver um visor de aglutinação, produto em falta no mercado

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visor aglutinaçãoUma conversa entre professores das áreas de saúde e engenharia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) resultou na criação de protótipos de um equipamento fundamental na análise sanguínea de exames pré-transfusionais, mas em falta no mercado brasileiro. No primeiro semestre deste ano alunos de Engenharia de Produção desenvolveram cinco modelos de visores de aglutinação, que foram analisados tecnicamente por acadêmicos de Biomedicina e serão utilizados nos laboratórios da Univali. O protótipo vencedor receberá ajustes e existe possibilidade de patenteamento.

De acordo com Alexandre Geraldo, professor do curso de Biomedicina da Univali, participante do Programa Planeja Sangue, do Programa Nacional de Qualificação da Hemorrede e consultor da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, o equipamento amplia a visualização das reações nos exames pré-transfusionais e de hemaglutinação do sangue. “Ele aumenta a sensibilidade do teste, minimizando a ocorrência de erros na classificação de tipagem sanguínea. Graças a ele, pode-se evitar reações transfusionais”, explica.

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Geraldo comenta que instituições hemoterápicas de todo o Brasil estão sofrendo com a falta dos visores de aglutinação no mercado. “Não sabemos exatamente o porquê. O fato é que a maioria dos laboratórios estão trabalhando com soluções caseiras, por isso conversamos e daí surgiu a ideia do trabalho interdisciplinar”, esclarece o professor.

Marshell Ferreira Almeida Ferraz, professor do curso de Engenharia de Produção responsável pelo desenvolvimento dos projetos, explica que a atividade permitiu aos alunos o desenvolvimento de soluções concretas e atendimento de uma demanda de mercado: “Com a visão de negócios estabelecida, os acadêmicos puderam elaborar os equipamentos, desde o desenho de solução até os protótipos, definindo as melhores infraestruturas para garantir os critérios funcionais do produto, sem prejuízo aos requisitos de qualidade exigidos”, resume.

Protótipos são avaliados em exames com amostras de sangue

A turma do 7º período do curso de Biomedicina avaliou, na disciplina de Estágio Supervisionado de Análises Clínicas, com apoio da professora Daiane Cobianchi da Costa, os cinco protótipos desenvolvidos pelos acadêmicos de Engenharia de Produção. A validação técnica deu-se por meio de uma nota final para cada um dos protótipos, com base nos seguintes critérios: iluminação, voltagem, ângulo do espelho e da lupa, mobilidade do espelho e da lupa, inovação, praticidade no deslocamento do equipamento, custo de desenvolvimento unitário, peso do protótipo e designer. Exames com amostras de sangue foram realizados, para avaliar o modelo que mais proporciona segurança transfusional.

“Esta atividade auxilia na nossa preparação como futuros gestores, com uma visão além da análise do material, mas de todo o contexto que impacta no resultado”, afirma a acadêmica de Biomedicina Thayna Aleixo Dagnini de Araujo. A aluna Tatiana Machado Pereira, também do curso de Biomedicina, revela que a turma já tem um protótipo favorito pela funcionalidade e inovação que apresenta: “Esperamos encontrá-lo no mercado quando estivermos atuando como profissionais. Ele é inovador e atende a todos os requisitos”, opina.

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