Um caso de agressão que aconteceu no último sábado, em Balneário Camboriú, pode ganhar novos desdobramentos. A Polícia Civil investiga denúncias de abuso de autoridade contra três policiais militares do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT). Eles deram apoio ao soldado José Francisco Antunes, 31 anos, espancado por sete homens em um posto de combustíveis de Camboriú.
Conforme o delegado de Camboriú Rodrigo Coronha, Antunes fazia bico como segurança do posto e apartou uma briga entre clientes e garçons em um quiosque que fica no mesmo terreno. O soldado atirou para o alto e foi atacado.
Nas imagens do circuito de monitoramento, o policial aparece fugindo dos agressores. Em seguida, leva uma rasteira e chutes e socos. O soldado conseguiu entrar na loja de conveniência e pedir ajuda à polícia.
Machucados
Os agressores foram encaminhados à delegacia de Camboriú onde, segundo a Polícia Civil, chegaram machucados. Os presos contaram que sofreram tortura pelos policiais militares nos fundos da delegacia.
Um deles disse que recebeu choques elétricos e foi atingido com pontapés na barriga. Na segunda-feira, o delegado deve receber laudo médico sobre as supostas agressões. Segundo Coronha, se ficar provada a surra, os policiais serão indiciados por tortura.
Nesta terça-feira, diante do comandante da PM de Camboriú, o capitão Alfredo Von Knoblauch, Antunes negou que estava no posto como segurança. Disse que fora abastecer o carro e resolveu apartar a briga. Segundo o 12º Batalhão de Polícia Militar de Balneário Camboriú, foi instaurado Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar se houve excesso por parte do policiais.
JORNAL DE SANTA CATARINA