Projeto que autoriza gastos da prefeitura com o Congresso dos Gideões é aprovado

Na sessão desta semana, dois projetos de lei e mais quatro requerimentos foram aprovados na Câmara de Camboriú. Um deles, que autoriza a prefeitura a investir uma verba de até R$320 mil reais com a infraestrutura do Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora, gerou debate entre os vereadores.

O projeto é de autoria do Executivo e permite que a administração destine o valor para o aluguel que cadeiras, instalação de som e aparelhos audiovisuais, estrutura da cabine de polícia, etc. o vereador Josué Pereira defendeu o projeto dizendo que o valor de alvarás será superior aos gastos com a infraestrutura.

“A festa já faz parte da cultura da nossa cidade. O repasse é feito para a obra, para toda a comunidade evangélica, e não para a igreja ou uma pessoa isolada”, afirmou.

Já o vereador José Simas disse que estava em dúvida sobre o voto, devido a muitas polêmicas envolvendo representantes do Gideões. “Estou há dias pensando no que fazer. Quando era o pastor Cezino Bernardino, eu sempre votei a favor. Mas agora com esse escândalo todo, o que fazer? Não dá para fechar os olhos e achar que está tudo bem”. Apesar do desabafo, Zeca Simas foi a favor do projeto.

Já a vereadora Inalda do Carmo se absteve de votar, por ter dúvidas em relação ao uso do dinheiro. Ela explicou que recebeu um plano de gastos da prefeitura, mas não ficou satisfeita com o documento.

“Quero afirmar que não tenho nada contra o Congresso, acho inclusive que Camboriú deveria ter mais eventos religiosos. Porém, na lista de gastos enviada pela prefeitura, encontrei diversos itens que não deveriam ser pagos com dinheiro público, como internet e serviço de som”, mencionou ela.

O vereador John Lenon Teodoro, e outros colegas de bancada, afirmaram ser favoráveis à autorização dos gastos, pelo retorno econômico que o evento traz para Camboriú. “Deixando aqui de lado a religião e pensando somente na economia, é muito importante para o local e também outras cidades. Fomenta o turismo e a economia”, completou.

Por fim, o projeto foi aprovado pela maioria.