O Departamento de Endemias de Camboriú está desenvolvendo um levantamento importante para o município. A pesquisa visa descobrir qual espécie de mosquito é predominante na cidade para medir o risco de infestação pelo Aedes Aegypti, causador de doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya. O supervisor de campo do Programa, Fábio Murilo de Souza, conta que o levantamento começou esta semana e vai servir como medida de prevenção e controle na cidade.
“Nós coletemos as larvas de mosquito, levamos para análise no laboratório e na próxima semana já vamos conseguir ter uma visão melhor sobre a situação e avaliar quais medidas tomar a partir do resultado”, explica. Fábio ainda esclarece que apenas o Aedes Aegypti representa risco a população. “As outras espécies, comuns na região, como o Cullex (pernilongo) e Aedes Albopicthus, não apresentam risco”.
Para auxiliar na operação, o Departamento de Endemias recebeu, na quarta-feira, dia 10, a visita da Supervisora Estadual da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), Gabrieli Limverger Galvan. “Com o auxílio da supervisora, a equipe finalizou a coleta das larvas para análise, apurou denúncias, fez vistorias nos serviços dos agentes de campo e em terrenos e casas da região, principalmente, nos bairros Taboleiro e Monte Alegre, onde está concentrado o maior número de focos do mosquito”, conta Fábio.
Camboriú não tem nenhuma pessoa infectada com dengue até o momento, mas já foram descobertos 135 focos do mosquito. “Nosso trabalho vem sendo destaque para muitas cidades, mas precisamos também do apoio da sociedade para que não deixem a água parada em objetos, como pneus e eletrodomésticos, cuidem das suas residências, não joguem lixo na rua ou em terrenos baldios e façam denúncias”, conclui.
Para denunciar ou tirar dúvidas sobre possíveis focos do mosquito, os moradores podem entrar em contato pelo telefone (47) 3365 9400 ou no Facebook Dengue Camboriú.
Monitoramento é constante
Os agentes de endemias realizam um monitoramento constante na cidade. Este monitoramento é feito por meio de 180 armadilhas – partes de pneus com água limpa – que estão distribuídos por todos os bairros. As armadilhas são verificadas toda a semana e, caso alguma larva seja encontrada, passa por análise.
Além destes locais, a equipe faz verificações quinzenais no que chama de pontos estratégicos – locais com mais possibilidade de se tornarem criadouros do mosquito Aedes Aegypti. São 55 pontos estratégicos vistoriados. Quando as equipes encontram uma larva do mosquito, realizam um pente fino em todas as casas em um raio de 300 metros.