O assassinato do engenheiro Sérgio Renato Silva, de 64 anos, foi solucionado parcialmente pela DIC de Itajaí. Cinco pessoas foram identificadas pelo envolvimento no crime, mas o verdadeiro mandante do crime ainda é desconhecido.
Sérgio foi assassinado no dia 22 de fevereiro com disparos de uma 9mm no pátio de sua casa na Rua Renato Merlim Cunha, Praia Brava, Itajaí, por Guilherme Habeck e Matheus Zacarias. Sérgio foi chamado até o portão, mas percebeu a atitude suspeita. Ao tentar voltar para dentro de casa, acabou sendo baleado pelas costas.
Assim que iniciaram as diligências investigativas e a análise das imagens de monitoramento, os policiais conseguiram identificar uma motocicleta Honda/CG 125 Titan suspeita que rondava as proximidades da casa da vítima.
As imagens mostram que os envolvidos rondaram os arredores da casa onde vivia o engenheiro três vezes antes de executá-lo. Cinco dias antes do crime, no dia 17 de fevereiro, eles passaram pelo local duas vezes. A terceira vez foi horas antes do assassinato, na manhã do dia 22, momento em que Sérgio poderia ter sido executado, mas não se encontrava em casa.
Dos cinco indiciados, quatro estão presos preventivamente e um está foragido:
– Jefferson Peyerl, que seria o dono da motocicleta usada no crime, negou sua participação e afirmou que havia vendido a moto. Ele foi preso em uma clínica de reabilitação em Barra Velha.
– Guilherme Kurt Habeck, quem conduzia a motocicleta, foi preso em sua residência no bairro das Nações.
– Lucas da Silva, que teria participado da segunda ronda pela casa do engenheiro, já estava preso no Mato Grosso do Sul por roubo.
– Paulo Anderson Morais dos Santos, suspeito de ter organizado o crime, se apresentou na DIC e confessou a participação no assassinato.
– Matheus Zacarias Dutra, que era o carona da moto no momento do crime, encontra-se foragido.
Segundo o que Guilherme contou à polícia, ele, Lucas e Matheus foram contratados por Paulo para fazer a cobrança de uma dívida de R$ 20 mil, que Sérgio Renato devia para um terceiro. Interrogado, Paulo disse que o crime foi encomendado por R$ 9 mil, sendo que ele teria ficado com R$ 2 mil, repassado R$ 5 mil para o executor e R$ 2 mil para o piloto de fuga. Ele não soube informar o nome de quem encomendou o crime.
A polícia não acredita que o crime esteja relacionado à cobrança de divida, pois não há fundamento nas alegações. Ainda não foi possível apurar a verdadeira motivação e mandante do crime, e as investigações devem continuar pela DIC de Itajaí.
O engenheiro era responsável pela análise de projetos na Secretaria de Planejamento de Balneário Camboriú, e havia sido exonerado do cargo recentemente, antes de morrer. Ele investigava por conta própria a falsificação da sua assinatura em processos de construção que tramitaram na secretaria, havia denunciado a liberação de um habite-se irregular e iria depor sobre o caso. Inclusive, o livro de registros de Habite-se desapareceu logo após sua morte. Por isso, há fortes suspeitas de que a execução esteja relacionada às fraudes na prefeitura.
Por enquanto, a pergunta permanece a mesma: quem mandou matar o engenheiro Sérgio Renato?
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