Um bebê de dois meses de idade foi entregue para uma pessoa desconhecida na rua pelo próprio pai neste domingo (5), em Balneário Camboriú. O homem estaria alcoolizado e seria reincidente no mesmo crime. Na primeira vez o Conselho Tutelar chegou a tempo de intervir.
A menina foi entregue em um bar próximo à rodoviária, na Rua São Paulo, bairro dos Estados. A proprietária do estabelecimento acionou a Polícia Militar após o homem entrar no local com a criança e sair informando que logo retornava. A criança estava suja e com fome, então a mulher fez os primeiros cuidados e em seguida ligou para o 190.
Devido a negligência e o abandono de incapaz, a bebezinha, que não possui ainda nem registro de nascimento, foi acolhida pelo Conselho Tutelar.
O pai foi preso pela guarda Municipal e conduzido à delegacia. Essa foi a segunda vez que, alcoolizado, o homem abandona a criança. Há cerca de 30 dias, populares viram a cena e chamaram o Conselho Tutelar antes da filha ser entregue nas mãos de um estranho.
Pai disse que criança foi sequestrada
Na tarde deste domingo (05), por volta das 16h, a Guarda Municipal de Balneário Camboriú foi acionada através do telefone 153 para atender uma ocorrência a respeito de um sequestro de uma criança de 2 meses, em uma praça da Avenida do Estado.
No local, os agentes encontraram o pai da criança F.S.S., de 34 anos. O mesmo informou que estava com a criança no colo e uma mochila contendo uma lata e uma caixa de leite, seis fraldas, lenços umedecidos e duas mudas de roupa, quando um carro branco de quatro portas parou em sua frente. O motorista era um homem forte com uma tatuagem de palhaço no braço, e no banco do passageiro estava uma mulher loira de óculos escuros. A mulher desceu do carro e tomou a criança dos braços do pai dizendo que era o melhor pra ela.
O pai, F.S.S., é dependente alcoólico e estava visivelmente embriagado. Ele dizia não se lembrar da placa do carro, acreditando que fosse alguém do Conselho Tutelar, visto que sua filha já foi entregue ao Conselho uma vez. A Guarda Municipal entrou em contato com o Conselho Tutelar, o qual informou que a criança já havia permanecido no abrigo por alguns dias, mas que por ordens judiciais teria voltado ao convívio com os pais.
A guarnição foi então a casa da mãe, A.A.C, de 31 anos. Segundo ela, o pai teria saído com a criança pela manhã. A mãe é usuária de drogas, profissional do sexo e, segundo o pai, teria chegado em casa 7h da manhã do mesmo dia.
Os pais foram convidados a comparecer na Central Regional de Plantão Policial para esclarecimento dos fatos.