Uma competição imprevisível. À 1h38 desta quinta-feira, 5, o barco holandês Akzonobel cruzou a linha de chegada em Itajaí depois de 18 dias da saída de Auckland, na Nova Zelândia. Este é o terceiro pódio da equipe composta pela primeira mulher brasileira na Volvo Ocean Race, a velejadora campeã olímpica Martine Grael.
“Eu estou muito contente de ter chegado aqui em Itajaí, primeiramente. E depois ter chegado com pódio. A gente teve que dar uma desacelerada em certo ponto e isso fez com que a gente perdesse a possibilidade de disputar com os dois primeiros barcos, mas eu estou muito feliz por ter chegado em terceiro aqui no Brasil, falar um pouco de português, ver a família e comer comida de verdade. Essa semana eu vou pra casa descansar um pouco e recarregar as energias”, reforça a velejadora de 27 anos.
A chegada ao litoral catarinense marcou o reencontro da única brasileira na competição com os pais Torben e Andrea Grael. “Estávamos na pilha para entrar na água logo e encontrar a nossa filha. Foi ótimo! Só o fato de passar pertinho e gritar foi muito gostoso”, destaca a mãe da velejadora que acompanhou a chegada de Martine do barco da Itajaí Sailing.
Embaixador da Itajaí Stopover, o pai e campeão olímpico Torben destacou que a perna foi uma das mais difíceis. “Duas das mais difíceis etapas já foram. A próxima também é difícil: a travessia do Atlântico. A Martine cresceu muito, está bastante experiente, o time está entrosado e conseguiu três pódios consecutivos”, comemorou.
A perna foi uma das mais difíceis e importantes para o barco holandês. Com o terceiro pódio consecutivo, a equipe está na quarta posição com 33 pontos somados. “Esssa etapa foi muito difícil fisicamente, muito frio. A gente passou por condições de mares muito grandes e muito vento por muito tempo. Com certeza levou as pessoas à exaustão”, revela Martine.
Próximas chegadas
Outros dois barcos devem chegar depois do AkzoNobel. O Turn the Tide on Plastic é esperado no sábado, 7, e o MAPFRE no dia seguinte. Ambas as equipas tiveram problemas com os mastros e spreaders nesta etapa. O MAPFRE chegou a parar no Cabo Horn.
Duas equipes se retiraram da sétima etapa. O Vestas 11th Hour Racing quebrou o mastro e agora corre contra o tempo para voltar na próxima perna. Já o SHK/Scallywag saiu após a tragédia envolvendo seu tripulante John Fisher, que se perdeu no mar.