O vereador Robison Coelho (PSDB) de Itajaí tem questionado os investimentos do município na saúde. Apesar de ser um valor mais alto em comparação a outros municípios com o mesmo número de habitantes, a cidade mantém uma fila de espera por cirurgias, exames e consultas com especialistas que ultrapassa o aceitável. Hoje a quantidade de pessoas que aguarda por uma consulta com especialista é praticamente o dobro de dois anos atrás, quando o governo iniciou seu trabalho com a promessa de diminuir as filas da saúde.
“Se a cidade de Itajaí é uma das que mais investe em saúde, é importante o Executivo divulgar onde este dinheiro está sendo empregado, porque as filas de consultas e cirurgias têm aumentado ao invés de diminuir”, afirma Robison.
Como estamos no período de recesso parlamentar, o parlamentar utilizou a Lei de Acesso à Informação (LAI) para fiscalizar as filas de espera da saúde. Segundo os dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, atualmente mais de 36 mil pacientes aguardam uma consulta com médico especialista. Em março de 2017 esse número era de pouco mais de 18 mil pessoas. “É um aumento de mais de 95%. Isso é alarmante e comprova que a nossa saúde está na UTI”, frisa o parlamentar.
Entre as consultas que têm a maior demanda reprimida estão ortopedia geral, que representam 16,6% do total. Para essa especialidade a demora pode ultrapassar três anos. A consulta com otorrinolaringologista tem uma fila de mais de 4.172 pacientes e a de urologia ultrapassa 2.003 pacientes. Para consulta de reumatologia mais de 1.397 pessoas aguardam na fila. Situação semelhante da consulta de neurologia pediátrica, em que 1.318 crianças aguardam o atendimento.
Fila para cirurgias também aumentou
A fila para cirurgias em Itajaí também é extensa e aumentou mais de 30% em comparação com março de 2017. Atualmente, 3.003 pacientes aguardam para passar por procedimento cirúrgico no município. Nos últimos dois anos apenas a fila de exames diminuiu em Itajaí. Passou de 28.016 para 15.714 pacientes.
Além das críticas do parlamentar também e estendem às condições precárias das unidades de saúde. Há duas semanas uma unidade ficou completamente inundada porque o telhado não suportou a chuva.