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Delator de facção criminosa é assassinado no Pioneiros

Foram disparados cerca de 12 a 15 tiros na rua Justiniano Neves

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Noite de domingo de carnaval violenta em Balneário Camboriú. Um homem foi assassinado a tiros no bairro Pioneiros, por volta das 21h30.

Segundo informações preliminares, a vítima identificada como Douglas Gonçalves Romano dos Santos, 23 anos, chegava em casa em um carro de aplicativo na Rua Justiniano Neves, quando, ao desembarcar, foi assassinado a tiros pelos ocupantes de outro veículo que vinha logo atrás. Foram disparados cerca de 12 a 15 tiros.

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A vítima, que estava com a perna esquerda engessada, teria escapado com vida de um recente atentado na frente de uma casa noturna, em Camboriú.

O rapaz morava há cerca de uma semana na rua onde foi morto e tinha várias passagens no Rio Grande do Sul, por homicídio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

homicidio pioneiros

Delator abalou estruturas de facção gaúcha

Douglas foi autor de uma delação que esclareceu ao menos 60 homicídios relacionados ao comando da facção criminosa Bala na Cara, do Rio Grande do Sul. Ele estava participando do programa de proteção a testemunhas, mas pediu desligamento em janeiro deste ano.

O delator foi atingido por diversos tiros de pistola calibre 9 milímetros, quatro atingiram a cabeça. O homicídio ocorreu na Rua Justiniano Neves, no bairro Pioneiros. De acordo com o motorista de aplicativo que deixou a vítima no local, assim que o Douglas desceu do carro, quatro homens saíram de um carro preto da marca Renault e alvejaram o passageiro.

No último dia 2, Douglas já havia sido baleado após uma festa em Camboriú. Ele chegou a ficar hospitalizado e estava, atualmente, com a perna esquerda engessada.

A DELAÇÃO

De acordo com informações do site GaúchaZH, em 2017, Douglas procurou a Polícia Civil e delatou a facção Bala na Cara, da qual foi integrante em Porto Alegre. Ex-gerente do tráfico no bairro Mario Quintana, revelou aos policiais e ao Ministério Público, detalhes sobre o funcionamento da facção e sobre sequestros e esquartejamentos. A confissão gerou, nos últimos dois anos, pelo menos 60 processos por homicídios envolvendo a facção. Foi a maior delação da história do crime organizado no Estado

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