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Marcos Kurtz prefeito?

O vice acompanhará o prefeito na desincompatibilização do cargo para deixar o poder executivo na mão do presidente da câmara?

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A data em que o prefeito Fabrício Oliveira deve renunciar à prefeitura para viabilizar sua candidatura a governador, se aproxima. O partido, Podemos, sinaliza que a candidatura deve de fato se oficializar. Mas antes de sair em busca da conquista da Casa d’Agronômica, é preciso resolver o domínio da (rua) Dinamarca.

Um “soldado” do governo Fabrício afirmou à coluna, após a publicação do artigo de opinião “Fabrício Oliveira não será candidato a governador“, que a decisão é difícil, mas FO tem condições reais de disputar e ganhar a eleição. Respondi que imaginava que Fabrício estaria avaliando os riscos, já que um vice como CH não dá segurança para ele sair, uma vez que acabaria entregando o governo municipal, de graça, na mão do Partido Liberal. Segundo o “soldado”, o diálogo será o caminho. “Vai ter bastante diálogo”, certificou.

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Enquanto isso, ao Página 3, Carlos Humberto garantiu que concorrerá a deputado estadual e que entregar a prefeitura ao vice, não faz parte dos compromissos que Fabrício tem com ele, que aliás, foram todos cumpridos, de acordo com suas palavras.

Uma hipótese é que, tanto FO quanto CH, se desincompatibilizem para concorrerem a governador e a deputado estadual, respectivamente, deixando assim a prefeitura para o presidente do legislativo assumir. Desta maneira, Marcos Kurtz seria promovido a prefeito, e a prefeitura continuaria na mão do Podemos, garantindo os cargos de todos os “soldados”. Lembrando também que Fabrício ainda não tem um sucessor para 2024, que ainda precisa construir a sucessão do governo, e que CH não é opção.

Verdade é que Carlos Humberto está em plena construção de candidatura, em uma espécie de campanha antecipada. Pode ser que ele esteja se antecipando por garantia, em caso de Fabrício não renunciar. Resta saber se ele abrirá mão dessa oportunidade de assumir a prefeitura e passa a bola pra Kurtz — o que é difícil de acreditar — ou se ele não largará o osso de jeito nenhum.

Seja lá como for, resolverão com diálogo. Muito “diálogo”, eu diria.

Pedro G. da Rosa
Jornalista e editor-chefe do Click Camboriú

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