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Fotógrafo indiciado por estupros, assédios e outros crimes, é solto após 34 dias de prisão

O homem foi preso durante a operação 'Operação Abusou', deflagrada pela Polícia Federal no dia 28 de abril

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O fotógrafo Jorge Moura — indiciado por dois estupros de vulnerável, três atentados violentos ao pudor, três violações sexuais mediante à fraude, quatro importunações sexuais e 19 assédios sexuais — foi solto nesta quinta-feira, 02.jun.2022, após 34 dias preso.

O homem foi preso durante a operação ‘Operação Abusou’, realizada pela Polícia Federal, que teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava na produção, disponibilização e comercialização de fotos e vídeos de crianças e adolescentes, principalmente brasileiras, em poses sensuais e eróticas, direcionados à pedofilia em websites situados no exterior.

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Jorge Moura também foi acusado da prática de crimes sexuais e de induzir as modelos a trocarem de roupa em seu carro e em seu estúdio fotográfico, onde haveria espelhos e câmeras estrategicamente posicionadas para registrá-las nuas.

Após a soltura nesta quarta-feira, a 1ª Vara Federal de Itajaí determinou como medida cautelar, que Jorge deve usar uma tornozeleira eletrônica.

Segundo a PF, desde o ano de 2001, garotas eram convencidas a serem filmadas e fotografadas com roupas de banho e sem peças íntimas, sob a promessa de que o material seria utilizado para agenciamento de modelos em trabalhos de moda e publicidade, além do argumento de que as fotos seriam exigência das empresas.

Entretanto, as imagens, nomes e perfis de redes sociais eram vendidas na deepweb, por meio de sites na internet controlados pelo grupo, em países como a República Tcheca, Estados Unidos e Rússia. Identificou-se, ainda, que essas imagens eram comentadas e compartilhadas por indivíduos que expressavam interesse em abuso sexual infantil e também em fazer contato com as garotas.

Durante a Operação Abusou, dez pessoas foram indiciadas pelos crimes de organização criminosa, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual, registro não autorizado da intimidade sexual, disponibilização de material pornográfico e estupro de vulnerável — entre elas, a esposa de Jorge. Na medida de suas participações, os indiciados poderão responder pelos crimes citados, tipificados em Lei e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O inquérito segue em andamento. As investigações tiveram o apoio da Interpol e da agência norte-americana de segurança, a Homeland Security Investigations (HSI).

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