Na noite de domingo (16), por volta das 20h, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de feminicídio tentado, na rua Ernestina Lapa de Macedo, no bairro Fazenda, em Itajaí.
Chegando ao local, a guarnição encontrou a vítima de 33 anos, que estava sendo atendida pelo SAMU e em seguida encaminhada para o hospital Marieta Konder Bornhausen para atendimento médico.
Em conversa com a irmã da vítima, de 40 anos, ela relatou que estava em casa com sua família quando um homem de mais ou menos 1,70m, magro e estava de capacete entrou na casa perguntando pelo nome de sua irmã, como ninguém respondeu ele mandou todos deitarem no chão e em seguida efetuou dois disparos de arma de fogo, vindo a atingir sua irmã na costela e de raspão no pescoço.
Disse também que sua irmã está grávida de 8 meses e que antes de ir ao hospital a vítima falou que só poderia ter sido mandado pelo seu ex-companheiro.
O pai da vítima, de 68 anos, relatou aos policiais que estava no quarto na hora que o indivíduo chegou na casa, e ao encontrá-lo na sala, ele mandou todos deitarem no chão, logo em seguida efetuou os disparos e fugiu do local.
Os vizinhos relataram que ao ouvirem os disparos vieram para a rua e visualizaram um homem de capacete se evadindo numa moto Honda CG de cor prata, mas que não foi possível identificar a placa.
No local foi possível localizar dois projéteis de munição de revólver. O Instituto Geral de Perícias esteve no local, juntamente com a polícia civil, realizando a apreensão do material.
Após recolher os depoimentos das testemunhas, a guarnição deslocou até o hospital onde entrevistou a vítima, que confirmou os fatos narrados pelos seus familiares e acrescentou que não reconheceu o homem que efetuou os disparos, mesmo que com a viseira do capacete levantada.
Relatou também que desconfia do seu ex-companheiro, contra quem já registrou boletim de ocorrência e teve medida protetiva em 2020, pois o término havia sido muito violento. Por conta de sua gravidez e pelo pai da criança ter amigos em comuns com seu ex, a vítima tinha receio que ele pudesse atentar contra sua vida.
Gestante, a vítima estava com data de parto marcada para o fim do mês de outubro e, por conta do ocorrido, passaria por uma cirurgia de cesárea.
O ex-companheiro da vítima e o pai da criança não estavam no local, mas foram qualificados para que as devidas diligências fossem tomadas.
Nesse mês de outubro, a vítima registrou um boletim de ocorrência para atualizar o endereço e requerendo uma nova ordem de restrição contra o seu ex-companheiro, pois temia sobre sua vida e a de sua filha.