O primeiro sobrevoo da temporada de 2023 do Programa de Monitoramento de Cetáceos do Porto de Imbituba registrou, no domingo, 23 de julho, a presença de 61 baleias francas na costa de Santa Catarina. A observação aérea percorreu toda a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, desde Florianópolis até Balneário Rincão, no Sul catarinense, estendendo-se até Torres, no Rio Grande do Sul. O monitoramento foi realizado pela SCPAR Porto de Imbituba e contou com a participação de uma equipe de biólogos e oceanógrafos da Acquaplan e do Instituto Australis.
A presença de 26 pares de fêmeas com filhotes e 9 adultos solitários foi constatada. As cidades com o maior número de avistamentos foram Jaguaruna, Imbituba, Balneário Rincão e Araranguá. Baleias também foram observadas em Laguna, Balneário Gaivota e Garopaba, além de alguns golfinhos e toninhas ao longo do sobrevoo.
Camila Amorim, oceanógrafa da SCPAR Porto de Imbituba, destacou a importância do sobrevoo realizado no domingo, pois um grande número de baleias foi avistado ao sul da Área de Proteção Ambiental. Segundo Amorim, “muitas baleias-francas ainda estão chegando à região centro-norte da APA, em um movimento de início de temporada. O monitoramento reforça o compromisso do Porto de Imbituba em conservar esses animais, fornecendo informações cruciais para o cuidado da espécie”.
A região é um berçário histórico para a procriação e cuidado dos novos filhotes de baleias francas. O monitoramento traz informações valiosas que auxiliam ações de conservação da espécie. A contagem desses mamíferos marinhos, verificação da composição e localização dos grupos, além da fotografia dos indivíduos para posterior identificação, são os principais objetivos do monitoramento aéreo.
O Programa de Monitoramento do Porto de Imbituba, que já está em andamento desde o dia 1º de julho e se estenderá até o final da temporada, também conta com equipes de campo realizando observações a partir de pontos fixos nas praias do Porto e Ribanceira. Durante esse período, estão programados mais dois sobrevoos, um em setembro e o último em novembro, mês em que também termina a observação terrestre.