FLORIANÓPOLIS – A Polícia Civil de Santa Catarina desencadeou, na manhã desta terça-feira (19), a Operação Bicho Impossível, que tem como objetivo desarticular uma rede que, supostamente, utilizava máquinas de diversão para captura de bichos de pelúcia como fachada para lavagem de dinheiro proveniente da exploração do jogo do bicho.
A ação, que é uma sequência da Operação Zoológico 2, contou com a participação de 31 agentes, sendo 16 da Polícia Civil e 15 da Polícia Científica. As equipes focaram seus esforços principalmente na Grande Florianópolis, onde os alvos estavam localizados em shoppings e supermercados das cidades de São José, Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça. Além disso, outro alvo foi identificado na cidade de Criciúma.
Esta operação é o resultado de uma investigação conduzida pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV/DEIC) em parceria com a Polícia Científica. As Delegacias de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Delegacia de Defraudações (DD) e o Núcleo de Inteligência (NINT) de Criciúma também prestaram apoio nas ações.
Segundo a Polícia Civil, além da lavagem de capitais, as empresas que exploravam as máquinas de diversão eram também utilizadas para o cometimento de outros crimes, incluindo estelionato e violações relacionadas às relações de consumo. A investigação revelou que o esquema dava aparência de legalidade ao dinheiro ilícito do jogo do bicho, e, em muitos casos, as máquinas não entregavam os prêmios prometidos aos consumidores, o que configura estelionato.
Diante dos fatos, os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de capitais, estelionato e violações das relações de consumo. A Polícia Civil segue com as investigações para determinar a extensão do esquema e identificar outros envolvidos.