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Sob denúncia de caixa 2, família Pavan vence eleições em Balneário Camboriú e Camboriú

Diferença entre Juliana e Peeter foi de 3,59%, contrariando as pesquisas eleitorais

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As eleições municipais de 2024 em Balneário Camboriú e Camboriú foram marcadas pela vitória da família Pavan, apesar das graves denúncias de caixa 2 e corrupção que pairaram sobre a campanha. Juliana Pavan, do PSD, foi eleita prefeita de Balneário Camboriú com 42,30% dos votos, enquanto seu pai, Leonel Pavan, também do PSD, venceu em Camboriú com 44,47%. As acusações de irregularidades financeiras, que ganharam grande repercussão nacional, criam uma nuvem de incerteza sobre o futuro político da região.

Resultados das Eleições em Balneário Camboriú e Camboriú

Em Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD) alcançou 29.495 votos, representando 42,30% do eleitorado. Seu principal adversário, Peeter Grando (PL), obteve 26.995 votos, equivalente a 38,71%. Lucas Gotardo, do partido NOVO, terminou em terceiro lugar com 6.110 votos (8,76%). Marisa Zanoni (PT) conquistou 3.491 votos (5,01%), enquanto André Meirinho (PP) e Claudir Maciel (PSB) ficaram com 3.094 votos (4,44%) e 548 votos (0,79%), respectivamente.

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Em Camboriú, a vitória de Leonel Pavan (PSD) também foi contundente, com 18.704 votos (44,47%). O segundo colocado, Edson Piriquito (MDB), recebeu 12.549 votos (29,83%), seguido por Ramon Jacob (PL), com 10.100 votos (24,01%). A Professora Eliane (PT) obteve 710 votos, equivalente a 1,69%.

Denúncias de corrupção e o esquema de caixa 2

A campanha da família Pavan está sob investigação após uma série de denúncias, reveladas inicialmente pela Folha de S.Paulo e repercutidas pela imprensa nacional. Glauco Piai, um lobista e aliado dos Pavan, foi detido em setembro com R$ 100 mil em dinheiro vivo, além de ter conversas vazadas de seu celular, furtado dias antes, contendo evidências de um esquema de caixa 2 que envolvia transações financeiras não declaradas.

De acordo com as investigações, Piai intermediava doações ilegais de empresários, que repassavam quantias vultuosas à campanha de Juliana Pavan em troca de promessas de contratos públicos, caso ela e Leonel Pavan vencessem as eleições. Conversas e áudios divulgados pela imprensa sugerem que Piai movimentou mais de R$ 1 milhão via Pix para empresas ligadas à família, configurando um esquema de financiamento ilícito de campanha.

Os diálogos revelados incluem promessas de contratos futuros para setores como educação, saneamento e obras públicas. Piai, que atuou como operador do esquema, falava sobre suas ambições de se tornar secretário de Governo, caso o esquema fosse bem-sucedido.

Repercussão política e judicial

Peeter Grando, candidato derrotado por uma diferença de 3,59%, já anunciou que vai entrar com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a família Pavan, pedindo a cassação da candidatura de Juliana. Ele acusa a campanha adversária de abuso de poder econômico, afirmando que o esquema de caixa 2 desestabilizou o equilíbrio eleitoral. Segundo Grando, as doações ilegais e a venda de contratos públicos garantiram uma vantagem indevida à campanha dos Pavan.

As denúncias também repercutiram na candidatura de Leonel Pavan em Camboriú. Se as denúncias forem confirmadas, ambos podem perder seus mandatos e se tornarem inelegíveis por até oito anos.

Família Pavan nega Caixa 2

Tanto Juliana quanto Leonel Pavan negam qualquer envolvimento em práticas ilícitas. Leonel, em suas redes sociais, afirmou que as acusações são “mentiras grosseiras” e que está sendo vítima de uma campanha de difamação orquestrada por seus adversários políticos. Ele acusa seus opositores de tentar atingir sua honra para prejudicar sua filha, que, segundo ele, está focada em transformar Balneário Camboriú.

O futuro político de Balneário Camboriú e Camboriú

Com a vitória nas duas cidades, a família Pavan consolida seu domínio político em Balneário Camboriú e Camboriú. No entanto, os desafios no campo legal são inegáveis, e o desenrolar das investigações sobre o esquema de caixa 2 será crucial para determinar o futuro de Juliana e Leonel na política. Caso as denúncias sejam comprovadas, ambos podem enfrentar graves penalidades, incluindo a cassação dos mandatos e inelegibilidade para futuras disputas eleitorais.

Para a população de Balneário Camboriú e Camboriú, o sentimento de incerteza prevalece. O resultado das urnas foi claro, mas as acusações de corrupção e as investigações em andamento lançam uma sombra sobre as recentes eleições e sobre a governabilidade das duas cidades nos próximos anos.

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