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Pesquisas inflaram vantagem de Juliana Pavan nas eleições de Balneário Camboriú

Pesquisas apontavam vantagem de 20%, mas resultado foi muito mais apertado: 3,69%

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As eleições de 2024 trouxeram à tona, mais uma vez, uma questão delicada no cenário político de Balneário Camboriú: a confiabilidade das pesquisas eleitorais. Com uma diferença de quase 20% apontada entre o primeiro e o segundo colocado em muitas pesquisas, o resultado final mostrou uma realidade bem diferente. Juliana Pavan (PSD) alcançou 42,30% dos votos, enquanto seu principal adversário, Peeter Grando (PL), obteve 38,71%. Uma diferença de 3,59%, muito menor do que a prevista, o que levanta questionamentos sobre a precisão e a influência dessas pesquisas no comportamento do eleitorado.

Pesquisas divulgadas anteriormente, como as do Instituto Tendência e do MAPA, indicavam uma vantagem massiva para Juliana. A disparidade de quase 20 pontos percentuais observada em algumas pesquisas gerou uma falsa sensação de vitória antecipada para Juliana, o que pode ter influenciado a estratégia do chamado “voto útil” entre os eleitores.

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Em reportagens anteriores, o Click Camboriú já havia alertado sobre a falta de precisão em alguns levantamentos, destacando que muitos institutos, como o MAPA, apresentaram, em diversas ocasiões, discrepâncias significativas em relação ao resultado final das eleições. Essas distorções podem alterar o cenário eleitoral, principalmente quando eleitores são levados a acreditar que a disputa já está decidida. Isso ocorre porque pesquisas podem influenciar decisões, especialmente em um contexto de voto útil, em que os eleitores podem mudar de candidato para apoiar quem consideram ter mais chances de vencer.

Um exemplo claro disso foi o desempenho das pesquisas do Instituto Tendência, que em sua última sondagem, divulgada em 03 de outubro de 2024, apontava Juliana com 43% das intenções de voto, enquanto Peeter aparecia com apenas 28,4%. No entanto, essa diferença de 14,6 pontos não se refletiu nas urnas. Pelo contrário, a diferença real entre os dois foi de apenas 3,59%, colocando em dúvida a precisão dos levantamentos feitos pela empresa, que já havia falhado gravemente em eleições passadas, como a de 2016.

Outro destaque é a atuação do Instituto MAPA, que ao longo das eleições de 2024, não apenas ampliou a diferença entre os principais candidatos, como também distorceu a realidade captada nas urnas. As pesquisas do MAPA sugeriam uma vantagem muito maior para Juliana, mas o resultado final mostrou um cenário bem mais acirrado. Em análise publicada pelo Click Camboriú, ficou evidente que essa prática de inflar números para determinados candidatos foi recorrente em outras eleições, como em Lages, Criciúma e Joinville.

Curiosamente, enquanto esses institutos apresentavam grandes diferenças entre os candidatos, as pesquisas realizadas pela DNA Pesquisa e Marketing, que enfrentaram impugnação, chegaram mais perto do resultado das urnas. Em sua penúltima pesquisa, a DNA apontava números muito próximos ao resultado apurado, captando a tendência crescente do candidato do PL e descrescente da candidata do PSD.

Esses erros repetidos por institutos como o Tendência e o MAPA levantam uma questão importante: até que ponto essas pesquisas estão realmente refletindo a intenção de voto da população? Ou será que, de fato, estão sendo utilizadas como ferramentas estratégicas para influenciar a percepção dos eleitores e moldar o cenário eleitoral a favor de determinados candidatos?

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