O jornalista Pedro Guilherme da Rosa, do portal Click Camboriú, registrou duas ocorrências policiais por ameaça contra Moisés Bambinetti Iza, cabo eleitoral de Leonel e Juliana Pavan, em Balneário Camboriú. As ameaças foram registradas em boletins de ocorrência apresentados nos dias 26 de setembro e 4 de novembro de 2024.
No primeiro boletim, registrado em setembro, Moisés Iza teria feito uma ameaça pública no grupo de WhatsApp “Política em Ação”, administrado por Marcelo Lazzaroni, afirmando que o jornalista precisaria “sair da cidade após as eleições” e que a “lei da rua seria implacável”. A ameaça estaria relacionada a uma matéria publicada pelo Click Camboriú sobre a campanha de Juliana Pavan, na qual o jornalista menciona a prática de “assassinato de reputação” em supostas manobras de campanha. Essa publicação teria provocado a ira de Iza, que considerou o conteúdo uma afronta pessoal e lançou ameaças de retaliação direta contra o jornalista.
O segundo boletim foi registrado em novembro, após novas ameaças contra o jornalista na internet. Em uma publicação do jornal Página 3 no dia 20 de outubro, Moisés deixou um comentário reforçando o teor agressivo das mensagens, dizendo que o jornalista enfrentaria “o maior salve da vida”. No grupo Política em ação, no dia 02 de novembro, ele voltou a ameaçar, dizendo que ao encontrá-lo, “iria fazer notícia”. O comentário teria sido seguido por outro participante do grupo, identificado como Hilton Adriano Silva, que apoiou a retaliação com mensagens igualmente ameaçadoras: “quero a cabeça dele numa bandeja.”
AGRESSÕES DE MOISÉS BAMBINETTI IZA
Em 3 de outubro, durante uma ação organizada pela coligação do PSD, liderada por Juliana Pavan, para recolher panfletos que citavam uma reportagem da Folha de S. Paulo sobre suposto envolvimento de Leonel Pavan em escândalos de caixa dois, o cabo eleitoral Moisés Bambinetti Iza foi gravado agredindo panfleteiras na Quinta Avenida, em Balneário Camboriú. Testemunhas relataram que Moisés agiu de forma agressiva, intimidando as mulheres que distribuíam os materiais, chegando a proferir ameaças diretas.
A situação se intensificou quando familiares das panfleteiras, incluindo filhos e maridos, tentaram intervir para apaziguar o conflito, mas também foram alvo de ameaças por parte de Moisés e outros apoiadores presentes. O episódio resultou em registros formais de queixa policial por intimidação e ameaças de violência. Após isso, o Click Camboriú, que divulgou o incidente, recebeu diversos relatos de mulheres alegando terem sido ameaçadas anteriormente por Moisés.