Um caso de suspeita de estupro de vulnerável envolvendo uma criança de dois anos foi registrado pela Polícia Civil de Balneário Camboriú neste domingo (22). A mãe da vítima, I.G.C., de 28 anos, relatou o ocorrido após buscar atendimento médico no Hospital Ruth Cardoso, onde foram constatados indícios de violência sexual.
De acordo com o boletim de ocorrência, a menina reclamou de dores em suas partes íntimas no momento em que sua mãe trocava a fralda. Após a observação de sinais de abuso, a mãe procurou imediatamente ajuda médica. Após exames, foi constatado pela médica o abuso.
A mãe relatou que sua filha esteve sob os cuidados do pai entre os dias 9 e 21 de dezembro e, quando buscou a menina no dia 21, perecebeu que a criança reclamava de dor na região vaginal. I.G.C. fez alguns questionamentos a sua filha, sendo que ela deu a entender que a dor seria referente a algo ocorrido com um “tio” em um centro de educação infantil em Camboriú.
A mulher questionou o pai sobre o fato e ele disse que somente percebeu que a criança estava coçando bastante as partes íntimas nos últimos dias. Ela ainda perguntou se havia homens trabalhando no CEI, sendo que o pai da menina afirmou que sim, que haviam dois homens trabalhando no local.
Os profissionais do hospital confirmaram a suspeita de violência sexual, e o caso foi formalmente registrado na Central de Plantão Policial de Balneário Camboriú. A ocorrência foi registrada como estupro de vulnerável consumado, crime que, segundo o Código Penal, é configurado quando a vítima é menor de 14 anos, independentemente de qualquer outra circunstância.
A Polícia Civil já iniciou os trâmites investigativos para identificar e responsabilizar o autor do crime.
NÃO HOUVE ROMPIMENTO DE HÍMEN
Após a perícia, os familiares compartilharam uma mensagem informando o seguinte: “acabamos de sair da perícia e não houve rompimento do hímem dela. Mas isso não caracteriza que não houve abuso, pois o abuso não é somente a penetração, seja de órgão ou dedos. Nós gostaríamos que houvesse uma resposta mais clara, mas já ficamos aliviados em saber que não houve a penetração. Mas o fato é que ela está com a entrada do canal avermelhada e continua reclamando que dói. O IML vai mandar o laudo direto pra delegacia. O conselho nos pediu pra não levar mais ela ao polo.”
ERRATA
Anteriormente informamos que o suposto crime teria ocorrido no CEI Odete Ramos Poltronieri, conforme relato inicial da mãe da vítima registrado no boletim de ocorrência.
Contudo, a diretora da referida unidade entrou em contato e esclareceu que houve um equívoco na informação fornecida pela mãe. O caso, segundo novos esclarecimentos, teria ocorrido em outro Centro de Educação Infantil (CEI) da cidade.
Reforçamos nosso compromisso com a precisão das informações e lamentamos qualquer transtorno causado à instituição ou à comunidade escolar. Continuaremos acompanhando os desdobramentos da investigação e traremos novas informações assim que forem oficialmente confirmadas pelas autoridades.