A Polícia Civil de Santa Catarina realizou nesta quarta-feira (29) a Operação “Temiscira”, cumprindo seis mandados de busca e apreensão contra um cirurgião plástico suspeito de lesão corporal grave e gravíssima, além de crimes contra as relações de consumo e delitos tributários. As diligências ocorreram em residências e clínicas ligadas ao médico, situadas em Florianópolis e Balneário Camboriú.
Investigação aponta negligência e risco assumido pelo médico
O inquérito policial conduzido pela Delegacia de Proteção dos Direitos das Mulheres e Crimes Contra as Relações de Consumo (DPDM/DCON/DEIC) investiga a conduta do profissional, que teria atuado com displicência ao realizar cirurgias plásticas, assumindo o risco de causar danos graves e permanentes a pacientes. Até o momento, 15 vítimas formalizaram denúncias, apresentando documentação que comprovaria os danos sofridos.
Os crimes investigados incluem lesão corporal grave e gravíssima, dano psicológico, perseguição, infrações contra o direito do consumidor e crimes tributários.
Bens bloqueados e apreensão de documentos
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, como celulares, laptops, iPads e cartões de memória, além de documentos sigilosos. Também foram confiscados dois veículos do médico, que tiveram restrição de disponibilidade imposta pela Justiça.
Além das buscas, a Justiça determinou o bloqueio e a indisponibilidade de bens do investigado, incluindo imóveis, veículos e valores financeiros, totalizando R$ 10 milhões. O objetivo da medida é evitar a dilapidação do patrimônio do suspeito, garantindo que eventuais indenizações possam ser pagas às vítimas no futuro.
Polícia reforça compromisso com a proteção das vítimas
A Delegacia de Proteção dos Direitos das Mulheres e de Crimes Contra as Relações de Consumo destacou que a operação faz parte de seu compromisso com a segurança da sociedade, em especial na defesa dos direitos das mulheres e consumidores que possam ter sido prejudicados por práticas médicas inadequadas.
As investigações continuam, e a Polícia Civil orienta que outras possíveis vítimas procurem as autoridades para formalizar denúncias.