O retorno das aulas na rede municipal de Balneário Camboriú, na segunda-feira (10), foi marcado por reclamações de pais e alunos diante da falta de estrutura adequada para enfrentar a onda de calor. Com sensação térmica superior a 50°C, diversas escolas municipais estão sem ar-condicionado, e crianças são obrigadas a esperar a abertura dos portões sob o sol escaldante. Além disso, denúncias apontam problemas na qualidade da merenda escolar.
Pais e responsáveis usaram as redes sociais para relatar as condições precárias. No bairro das Nações, na Escola Antônio Lúcio, Paula Babieri Fontoura criticou o fato de os alunos ficarem do lado de fora da escola até às 13h30, expostos ao calor. “Falta de respeito com os pais e as crianças”, desabafou.
O problema se repete em outras unidades. No CEM Nova Esperança, Michele Botelho relatou que a sala de sua filha não tem nem ar-condicionado nem ventilador. Já Elaine Guimarães sugeriu que a prefeitura suspenda as aulas temporariamente para realizar reparos: “Se a Prefeitura necessita de tempo para reparar esses aparelhos, que suspenda as aulas por uma semana e faça um mutirão para arrumar. É desumano o que estão fazendo com nossas crianças e os profissionais.”
A indignação não se limita ao calor. Tatiani Rosa relatou que, na Escola Antônio Lúcio, a merenda servida foi apenas uma bacia de bolacha salgada quebrada, enquanto as crianças ainda convivem com obras em andamento e circulação de pedreiros pelo pátio.
Na divulgação da volta as aulas, a prefeitura divulgou apenas uma nota com orientações genéricas sobre os cuidados com o calor, destacando a importância de beber água e ingerir líquidos. No entanto, para muitos pais, isso não resolve o problema da falta de infraestrutura básica nas unidades de ensino.
Pais esperam que a prefeitura tome providências urgentes para garantir condições dignas para os alunos e profissionais da educação, que enfrentam temperaturas extremas dentro das salas de aula.