ASSALTOS
Nós que somos da imprensa, todos os dias recebemos ocorrências e relatos de assaltos em Balneário Camboriú e adjacências, e escrevemos sobre isso. Inclusive, ja tratei sobre segurança pública MUITAS vezes nesta coluna. São tantas ocorrências, que se ficarmos “pilhados”, pensando muito nisso, não vamos mais querer sair de dentro de casa.
A MINHA VEZ
Eu sabia que cedo ou tarde ia chegar a minha vez, e que para eu ser vítima de assalto era só questão de tempo. Enfim, chegou o dia em que alguém apontou uma arma de fogo para mim e meus amigos. Foi na madrugada do último domingo, na Praia Brava. Apesar de ser madrugada, estávamos em um lugar movimentado, próximo a outros grupos de pessoas. Mas isso não inibiu a ação criminosa.
FALTA EFETIVO
Permanecemos no local por cerca de quatro horas, até sermos assaltados. Nessas quatro horas, a viatura da Polícia Militar passou pelo local apenas uma única vez. Sei que a culpa não é da polícia, mas do governo do estado que não manda efetivo. Estamos de fato a mercê dos criminosos!
FALTA VONTADE
Não estou generalizando, mas falta vontade de fazer acontecer por parte de alguns. Não registramos boletim de ocorrência no local por causa do óbvio. Todo mundo em pânico, saímos do local o mais rápido possível, apenas comunicando a polícia via 190. Como não há integração das policiais e dos batalhões, à tarde registramos o boletim de ocorrência na delegacia de Itajaí. Enriquecemos o relato com detalhes, pensando que isso ajudaria na investigação, mas a escrivã só digitou o básico do básico. Enquanto a polícia que deveria investigar, é a vítima quem tem que correr atrás das imagens de videomonitoramento, que só podiam ser resgatadas na segunda-feira, para não quebrar o protocolo, livrando assim o bandido do possível flagrante. Temos um sistema falho! Enquanto isso, a bandidagem deita e rola.
ELEIÇÕES
Se a culpa é do governo do estado, esse é o ano para mudarmos isso. É ano de eleições! Quero saber quem fará promessas para a área de segurança pública, e quero saber quem vai ter culhões para cumprir. É o momento de cobrarmos! Ninguém está satisfeito com toda essa insegurança, e essa insatisfação tem que chegar até a urna. E depois cobrar de quem for eleito. Queremos efetivo policial! Queremos um sistema que funcione! Queremos segurança!