Um homem foi esfaqueado por um transexual na madrugada de domingo (2) após um tumulto iniciado na porta de uma boate GLS em Balneário Camboriú, na Quarta Avenida.
Segundo J.Jr., 33 anos, seu amigo A.B., também de 33 anos, ficou desconfiado ao pagar a comanda, pois o valor a pagar era mais alto que o que havia previsto, e pediu para verificar os itens consumidos, com valores discriminados.
Um dos sócios da boate teria se negado a relatar os itens e valores da nota, gerando insatisfação ao cliente. Nesse momento, alguns transexuais que aguardavam na fila para pagar suas comandas iniciaram um tumulto. Segundo J.Jr., tal tumulto podia ter sido evitado pelo sócio da casa, se ele tivesse sido solícito ao pedido de A.B., imprimindo a nota discriminada.
Resolvido a questão da comanda, a confusão continuou do lado de fora da boate, onde um dos transexuais desferiu duas canivetadas em A.B, que foi atingido na cabeça e na barriga. Os seguranças teriam feito vista grossa à tentativa de homicídio.
Ainda segundo J.Jr., a boate cobra indevidamente por bebidas não consumidas. “Sabemos que é comum sonegar impostos, por não haver o controle rígido das autoridades”, comenta. “Quanto a agressão das travestis, fica o alerta que os seguranças não fazem a devida fiscalização, deixando passar canivetes, como neste caso. Também, de forma alguma contiveram os ataques. O fato é que tudo aconteceu dentro da D-Led. O canivete foi tirado da bota lá dentro, mas os ataques foram na porta ao lado de fora. Os seguranças nada fizeram.”
A.B. não teve interesse em registrar boletim de ocorrência na delegacia, mas se dirigiu a um hospital.
O que diz a boate
Em nota, a D.Led diz que o detalhamento da consumação foi efetuado conforme o solicitado, que a violência informada não ocorreu no perímetro do club, e que jamais seriam negligentes nesta situação. “Deixamos claro que todos nossos impostos ou deveres são rigorosamente cumpridos”, finalizou.