O clima esquentou entre políticos na tarde desta terça-feira (31), após a inauguração da subestação da Celesc, na rua 2950, em Balneário Camboriú, resultando no registro de um boletim de ocorrência por ameaça.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo vereador Gelson Rodrigues (PSB), ele estava saindo da subestação acompanhado do presidente da COSIP, Anderson dos Santos, e Fabricio Galancini, diretor de iluminação pública, quando cruzou pelo secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina, Leonel Pavan, e resolveu cumprimentá-lo.
Porém, o que era para ser uma cordialidade acabou em desavença. Pavan teria agarrado Gelson e, após lembrar que o vereador usou a tribuna da câmara para criticá-lo, lhe ameaçou, dizendo que conhece todas as pessoas de Balneário Camboriú, conhece a sua casa, sua família, seu escritório, todos os seus amigos, e que se não parasse de atacá-lo na tribuna, o pegaria. “Eu vou te pegar, vou te pegar, vou te pegar”, ameaçou. Tudo isso teria ocorrido em frente a uma casa onde acontecia um velório.
Gelson disse à reportagem que representará contra o secretário e que protocolará uma nota de repúdio na câmara. “[A ameaça] Não atinge somente a mim, atinge a todo o legislativo”, disse. Procuramos Pavan para comentar o caso, mas não tivemos as ligações atendidas, nem retornadas. O espaço está aberto.
Críticas ao secretário
As críticas que desencadearam a confusão foram feitas na última sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, no dia 23 de janeiro, quando Gelson usou a tribuna para falar sobre a roda gigante de Balneário Camboriú. Durante seu pronunciamento, ele contou que esteve em Florianópolis reunido com o secretário de estado do planejamento, Murilo Flores, e foi alertado por uma funcionária dele que “tem um secretário de turismo aqui que também quer colocar roda gigante”, parafraseou. “E saiu na janela e mostrou: ‘vai ser ali, na Hercílio Luz'”, seguiu narrando.
“Surpreso fiquei, mas na hora pensei: deve ser os dez mil votos que tomou a menos de um ano, e está pensando em não pensar pela cidade cujo qual foi eleito prefeito, foi eleito governador (sic), senador… Pra quê? Por quê querer tirar um empreendimento desta magnitude da nossa cidade? Eu não entendi. Confesso que eu não entendi”, critica.