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Confundiram ponto de pesca com acampamento de moradores de rua; e repercutiu na imprensa

Vários veículos de comunicação publicaram matérias sobre um suposto acampamento de moradores de rua na praia Central, que na verdade é um ponto de pesca; entenda

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Recentemente, as redes sociais e vários veículos de comunicação foram inundados por matérias sobre um suposto acampamento de moradores de rua na praia Central de Balneário Camboriú, especificamente ao lado de canoas de pesca. No entanto, essa percepção se mostrou um equívoco, e a realidade é bem diferente.

Vídeos sugeriam que o local, conhecido como Pico da Canoa, situado entre as ruas 3700 e 3600, era um acampamento de moradores de rua. Um vídeo produzido pela equipe do Camboriú News na tarde desta sexta-feira, no entanto, revelou a verdadeira natureza da situação. Este local é um ponto de pesca artesanal, sem um rancho fixo para os pescadores, o que os obriga a trabalhar e permanecer lá em condições improvisadas.

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A falta de um rancho fixo no Pico da Canoa tem levado a muitos mal-entendidos. Um dos principais é a ideia equivocada de que os pescadores “moram” na praia. Na realidade, eles permanecem no local para proteger suas canoas, redes e equipamentos de pesca contra furtos e vandalismo, como destacou seu Luiz Wilbert, um experiente pescador de 67 anos, que gerencia o Ponto da rua 3700.

Além disso, alguns moradores locais acreditam que as canoas de pesca atraem moradores de rua. Conforme relatos, isto acontece ocasionalmente, mas os pescadores, como seu Luiz, se sentem impotentes diante dessa questão social. Eles têm medo de represálias, como incêndios em seus equipamentos, caso tentem afastar os moradores de rua.

Quanto à legalidade da pesca na Praia Central, existem quatro pontos licenciados para esta atividade, com três deles ativos: O rancho da rua 3700, da Canoa Anita W, o Rancho da rua 4100, da Canoa Selma, e o Rancho da rua 3100, da Canoa Espada.

Diferente de outras praias, como Taquaras, Estaleirinho e Estaleiro, que têm ranchos permanentes, os pescadores da Praia Central enfrentam a falta dessas estruturas. Eles recebem tendas temporárias da prefeitura durante a safra da tainha, mas fora desse período, não possuem abrigo adequado.

Controvérsias e Projetos de Lei

Uma controvérsia recente entre pescadores e a prefeitura de Balneário Camboriú colocou em destaque a precariedade da situação. Há um projeto de lei em andamento, de autoria do vereador Anderson Santos e apoiado por outros legisladores, que busca reconhecer e regularizar os Ranchos de Pesca e Maricultura Tradicionais como patrimônio cultural. Este projeto também visa estabelecer padrões para a construção de novos ranchos, garantindo estruturas permanentes durante todo o ano.

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