Carlos Humberto Metzner Silva, eleito para ser deputado estadual por quatro anos, almeja muito ser prefeito de Balneário Camboriú, mas sabe que isso não depende apenas de sua vontade. Um único partido está abrigando dois grupos políticos distintos: o grupo de Carlos e o grupo de Fabrício.
Fabrício Oliveira, que tem mais experiência na política, conta com um grupo espalhado em diversos partidos como o Podemos, o Patriota e, agora, o União Brasil, enquanto Carlos Humberto concentrou sua base toda no PL.
Neste instante, o Partido Liberal está dividido, e Carlos Humberto vê seu projeto pessoal de poder ameaçado. Diante do risco de não ser candidato a prefeito, o grupo de Carlos Humberto foi repartido, e parte dele agora está abrigada no Democracia Cristã (DC). Com Luiz Maraschin na presidência e Laurindo Ramos na primeira vice-presidência – dois fiéis escudeiros de Carlos Humberto -, o pai do deputado, Carlos Humberto Silva, está organizando a nominata do partido para as eleições.
Um rumor que circulou nas rodas de conversa na última semana é que Carlos Humberto pai poderia ser candidato a vice-prefeito na chapa de Juliana Pavan (PSD). É um rumor que faz sentido, caso Carlos Humberto, o filho, esteja fora do pleito eleitoral, e se o PSD estiver de acordo, pois, com o fim da janela partidária, o deputado não poderá mais trocar de partido para concorrer por outra sigla. Assim, o plano B seria levar seu grupo político a apoiar o pai, por outra legenda.
De qualquer forma, sendo ou não o pai candidato, o Democracia Cristã está para jogo e possivelmente monte uma composição paralela, caso o grupo político de Carlos Humberto que está aglutinado no PL seja de fato ameaçado.
Vale ressaltar que o grupo político de Carlos Humberto está no poder há quatro governos, desde 2009, quando Cláudio Dalvesco tornou-se vice-prefeito ao lado do prefeito Edson Piriquito. Sair do poder representaria um prejuízo significativo para um grupo que já está há mais de 15 anos ininterrutos nas entranhas da prefeitura.