Mesmo que sua estreia tenha agradado a críticos de TV, como Patrícia Kogut e Chico Barney, a nova novela das nove da TV Globo fez feio na audiência em sua estreia: 32,5 pontos na Grande São Paulo, se tornando o pior lançamento da carreira do consagrado autor Walcyr Carrasco.
Não vou me ater a detalhes do enredo, mas como de costume, temos um melodrama que acompanha um casal (interpretados por Juliana Paes e Marcos Palmeira) que tem sua paixão atrapalhada pelo fato de pertencerem a famílias. Você já viu isso em algum lugar e eu também.
Depois do fiasco que foi O Sétimo Guardião (que terminou como a 4ª produção menos vista da casa), a emissora número 1 do país se encontra na pior crise da teledramaturgia brasileira: a de reinventar uma fórmula tão desgastada.
Se antes emissoras menores como TV Record e SBT já eram uma pedra no sapato da hegemônica rede do plim plim, agora o canal da família Marinho não só luta contra o seu próprio esgotamento criativo e as emissoras concorrentes, como também deve correr atrás do prejuízo que plataformas de streaming como Netflix, Amazon Prime Video e o próprio Youtube lhe causam.
Para finalizar, deixo uma pergunta para você, leitor: qual foi a última vez que a TV Aberta te empolgou?
Provavelmente não foi ontem.
por LUCAS MACHADO
jornalista
DRT 0006544/SC