A calamidade da saúde pública em Santa Catarina – Abandono, corrupção e descaso
Sáude Pública – Descaso e humilhação
Ontem, mais uma vez, pude observar a tragédia que é o atendimento de saúde pública em Santa Catarina, quando precisei dela. Após sair de casa em direção ao centro de Florianópolis, notei que tinha pego o ônibus errado. Saltei no ponto em frente ao Posto de Saúde Municipal, no bairro Ponte Imaruí em Palhoça. Num bar ao lado do posto resolvi fazer um lanche. Após alguns minutos no bar, começei a passar mal. Fui ao posto de saúde ao lado do bar e pedi atendimento urgente.
Ao dirigir-me a maca, cai e desmaiei. Prontamente atendido por duas atendentes fui informado que não havia médico no posto e a enfermeira estava de saúde. Isso eram aproximadamente 16h30min.
Como sabia que meu quadro inspirava cuidados, pedi que fosse acionado o SAMU 192. Funcionárias do posto tiveram dificuldade de solicitar ambulância, devido a existência de poucas unidades e política de triagem do SAMU, que pede informações abusivas ao solicitante. O cara pode morrer pela demora do atendimento.
O posto de saúde além de não ter médico naquele momento, não contava com um desfibrilador para reanimação cardíaca, um equipamento de elétrocardiograma ou tubo de oxigênio. Esses equipamentos tem baixo custo e são de fácil operação. O bairro tem mais de 20 mil hanitantes. Onde o prefeito de Palhoça, coloca o dinheiro dos contribuintes?
Com a chegada do SAMU, sou atendido ainda dentro do Posto de Saúde. No local é feita a medicação e preparação para transporte para o Hospital Regional de São José.
Graças ao atendimento da Equipe médica do SAMU, chego ao hospital em condições estáveis, sendo prontamente atendido na emergência cardíaca do Instituto de Cardiologia.
Após atendimento médico, vou para uma poltrona aguardar resultado de exames. No local (enfermaria), pacientes internados sentados, por falta de leitos no hospital.
No período que fiquei no hospital, pude ver o caos que se encontra a emergência do Hospital Regional. Há meses pacientes estão internados em corredores, sujeitos a todo tipo de contaminação e infecção hospitalar.
Pacientes me contam suas histórias de desespero e angústia.
Após ser medicado, recebi alta e voltei para casa por volta das 22h. Estou me recuperando do susto.
O governo de um dos estados mais ricos do país, conta com apoio da justiça e do ministério público para manter a calamidade na sáude pública. Políticos continuam matando catarinenses todos os dias em nossos hospitais públicos.