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Após falha grave em 2016, instituto Tendência volta ao cenário eleitoral de Balneário Camboriú

A divulgação de pesquisas com resultados tão díspares levanta a suspeita de que as pesquisas estão sendo usadas como ferramentas de manipulação política

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Mais uma vez, uma pesquisa eleitoral entra em destaque na corrida pela Prefeitura de Balneário Camboriú. A mais recente pesquisa, divulgada pela Tendência – Pesquisa e Consultoria Ltda., coloca Juliana Pavan (PSD) com 47% das intenções de voto, muito à frente de Peeter Lee (PL), com 24%. No entanto, essa sondagem, distribuída com estardalhaço pela assessoria da candidata, levanta sérias questões sobre a credibilidade do instituto que a realizou.

O instituto Tendência já carrega um histórico controverso. Em 2016, a mesma empresa, contratada na época para aferir a corrida eleitoral entre Leonel Pavan e Fabrício Oliveira, previu uma liderança folgada de Pavan sobre Oliveira. Entretanto, o resultado nas urnas mostrou um cenário totalmente oposto: Fabrício venceu com uma vantagem de 15%, ou cerca de 10 mil votos. A discrepância entre os números da pesquisa e a realidade das urnas colocou o instituto em cheque, revelando um erro grosseiro que foi interpretado por muitos como uma tentativa de manipulação do cenário, buscando influenciar eleitores indecisos e consolidar a estratégia do voto útil.

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Afinal, quem confia no Tendência?

A dúvida sobre a confiabilidade da pesquisa se estende até à própria Juliana Pavan. Filha de Leonel Pavan, ela certamente se recorda do erro crasso que afetou a campanha de seu pai em 2016. Não à toa, é difícil acreditar que a candidata realmente confie nos números que apontam uma “liderança absoluta” e uma “baixa rejeição”. Parece mais uma ferramenta política do que um retrato fiel da intenção de voto. A pesquisa, com margem de erro de 4,4%, é carregada de incertezas, e uma diferença de 23 pontos percentuais entre os principais candidatos soa excessiva, especialmente quando comparada aos números de outros institutos.

Por outro lado, pesquisas realizadas pela DNA Pesquisa e Marketing, que vêm sendo alvo de tentativas de descredibilização, mostram uma disputa mais acirrada, com uma vantagem menor para Juliana. Curiosamente, são essas pesquisas que enfrentam maior resistência e ataques, com ações judiciais para impugnar sua divulgação.

O jogo político por trás das pesquisas

Pesquisas eleitorais, muitas vezes, são usadas como ferramentas estratégicas para moldar a percepção pública. Quando um instituto como o Tendência – com um histórico tão frágil – é colocado novamente no centro da disputa, é natural questionar seus resultados. Será que esses números refletem a realidade ou são apenas parte de uma estratégia para criar uma ilusão de inevitabilidade em torno de Juliana Pavan?

Os eleitores devem ser cautelosos. Esse tipo de manipulação da opinião pública, utilizando pesquisas distorcidas, já foi vista antes, e a história recente de Balneário Camboriú é prova disso. Se em 2016 o instituto errou de forma tão flagrante, o que garante que agora a realidade não esteja, novamente, sendo maquiada para favorecer uma campanha?

A fumaça da manipulação

O que essa “liderança absoluta” apresentada pelo Tendência realmente sugere? Talvez apenas uma tentativa de trabalhar no imaginário dos eleitores desavisados, criando a sensação de que a eleição já está decidida. A realidade, no entanto, pode ser bem diferente.

O eleitor deve ser crítico, observar os institutos com histórico de erros e lembrar que a verdadeira decisão se dará nas urnas, não nas manchetes de institutos questionáveis.

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