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Traição de Samir e Kaká garante vitória de Kurtz na presidência da câmara

Samir e Kaká viram as costas ao compromisso e alteram eleição da mesa diretora em Balneário Camboriú

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A eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, realizada neste 1º de janeiro de 2025, trouxe à tona um embate político acirrado e acusações de traição entre os parlamentares. Com um placar de 11 votos a 8, Marcos Kurtz (Podemos) foi eleito presidente, superando Marcelo Achutti (MDB), que teria a vitória garantida caso todos os signatários de um termo de compromisso tivessem honrado sua palavra.

O Termo de Compromisso e a Traição

No centro da polêmica está um termo de compromisso, assinado por vereadores que se comprometiam a eleger Marcelo Achutti como presidente e Victor Forte (PL) como vice. O texto era claro: “Nos comprometemos a apoiar a composição dos demais cargos da Mesa Diretora conforme indicação dos vereadores signatários, respeitando os critérios de proporcionalidade”.

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Entre os signatários estavam nomes como Samir Dawud e Kaká Fernandes, que garantiam fidelidade ao grupo. Contudo, na hora decisiva, ambos mudaram de lado, favorecendo a candidatura de Kurtz e deixando seus aliados perplexos.

Repercussões no Plenário

kaka e bolsonaro
Repercussão no Instagram do vereador Kaká.

A quebra de confiança gerou reações indignadas. O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL) foi enfático ao criticar Kaká Fernandes: “Traiu legal, hein. Traiu o PL legal”. Ricardinho da Saúde (PRD), que manteve seu voto em Achutti, fez questão de destacar sua posição ética: “Não troco o meu voto por cargo comissionado”. Mazinho Miranda (PRD) reforçou a crítica, citando valores tradicionais: “Palavra dada, documento assinado e o fio do bigode honrado”.

NOVO e PT votam juntos

Outro ponto que chamou a atenção foi o voto do vereador Naifer Neri (Novo), que optou por acompanhar o posicionamento do PT ao votar em Kurtz, o que torna um fato contraditório, por destoar da direita e se aliar com forças ideologicamente opostas.

Os Argumentos dos Envolvidos

Samir Dawud (Cidadania):

Em sua defesa, Samir afirmou ao Click Camboriú que o grupo que inicialmente apoiava Achutti começou a rachar, o que teria motivado sua mudança de posição. Ele alegou ainda ter seguido uma orientação partidária estadual para apoiar Marcos Kurtz e apontou o risco de ser acusado de infidelidade partidária caso descumprisse tal diretriz.

“Desde que as eleições se encerram começaram as discussões da presidência da Câmara. Me elegi com o grupo do Fabrício, e mesmo algumas coisas não tendo sido cumpridas comigo sempre mantive minha palavra. Então vinha sendo debatido o nome do Vereador Marcelo Achutti para presidência, após algumas reuniões no começo do mês foi feito um termo, que foi assinado num sentido de seguirmos juntos, porém, no decorrer do mês o próprio grupo começou a rachar, porque outros queriam ser presidentes e eu avisei que não ficaria em meio a uma disputa sem lógica onde o próprio PL estava rachado. Dessa forma eu e meu grupo entendemos que o nome do Vereador Marquinhos era um nome leve, já foi presidente da Casa, fez uma ótima gestão e sou muito diplomático, independente do lado que me elegib eu e meu grupo pensamos a cidade, queremos o melhor para Balneário Camboriú e não vamos entrar em jogos de “Quanto pior melhor”, jamais farei isso com a cidade que me acolheu. Por esse motivo, pelo racha no próprio PL e principalmente por ter recebido uma orientação partidaria do Cidadania Estadual para votar no Marquinhos, tendo risco contrario também de infidelidade partidária, compreendi que esse seria o melhor caminho.”

Kaká Fernandes (PL):

Procurado para comentar sua mudança de voto, Kaká Fernandes não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Marcelo Achutti (MDB):

Achutti acusou diretamente os vereadores que mudaram de posição, enfatizando a existência do compromisso assinado. “A política ama a traição, mas não perdoa os seus traidores”, declarou, reafirmando que continuará sua atuação com firmeza e sem se render à esquerda.

Uma mancha na política local

A eleição expôs fissuras nas alianças políticas em Balneário Camboriú, com desdobramentos que devem influenciar a dinâmica legislativa nos próximos dois anos. A ruptura de acordos não apenas prejudicou o grupo de Achutti, mas também levantou questionamentos sobre a ética e a confiabilidade dos parlamentares envolvidos.

A vitória de Marcos Kurtz, viabilizada pela traição, trouxe à tona o que muitos chamam de “o dia em que a palavra não valeu nada”. Nos bastidores, fala-se que cargos e interesses pessoais podem ter sido o motivo da reviravolta, mas a verdadeira razão permanece nebulosa.

Os cidadãos de Balneário Camboriú agora observam com desconfiança: se um acordo com onze assinaturas não vale nada, o que mais será negociado à revelia da população?

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