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Conflito em José Boiteux: tensão entre comunidade indígena e governo de SC

Governador argumentou que a prioridade é a segurança das pessoas em toda a região;envio da cavalaria foi visto por muitos como uma medida intimidatória

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José Boiteux, Santa Catarina – A situação na Barragem Norte, localizada em José Boiteux, tornou-se ainda mais tensa após uma aparente quebra de acordo entre o governo de Santa Catarina e a comunidade Laklãnõ Xokleng.

De acordo com informações divulgadas, após uma reunião que envolveu o secretário da infraestrutura do governo de SC, a defesa civil, a prefeitura de José Boiteux e líderes da comunidade indígena, o governo, contrariando o que fora acordado, enviou a Polícia Militar – incluindo uma cavalaria – para a Barragem Norte.

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Comunidades indígenas montaram uma barreira na noite de sábado (07) para impedir o fechamento das duas comportas da estrutura. As comunidades, que habitam a área ao redor da barragem, são contrárias ao fechamento. A ação indígena foi uma resposta direta à decisão do governo de Santa Catarina de fechar as duas comportas.

O governador defendeu a decisão, argumentando que a segurança das pessoas em toda a região, incluindo Blumenau, é a prioridade. “Nosso maior bem é a vida dos catarinenses. E faremos todo o possível para protegê-los”, declarou.

O envio da cavalaria para a região tem sido interpretado pela comunidade como uma medida de pressão para o fechamento das comportas da Barragem Norte. Tal atitude foi criticada por aqueles que esperavam que o governo enviasse, em vez de forças de segurança, mantimentos, medicamentos e embarcações para auxiliar as famílias que foram isoladas e afetadas pelas inundações do lago de contenção.

A BARRAGEM NORTE

A Barragem Norte, em operação desde 1992, serve como uma importante estrutura de contenção de inundações e é a maior de seu tipo em Santa Catarina. A barragem tem capacidade para conter 357 milhões de metros cúbicos de água. Localizada no Rio Hercílio, ou Itajaí do Norte, ela está situada a cerca de 250 km da capital, Florianópolis.

Ressalta-se, entretanto, que as comportas da Barragem Norte não estão em operação desde 2014. Naquele ano, a barragem alcançou seu nível mais alto, com 14 metros, resultando em muitas famílias desalojadas e casas destruídas pela força das águas.

Além disso, alega-se que o plano de contingência para Eventos Hidrológicos e Geológicos na Comunidade Indígena – Barragem Norte não está sendo seguido adequadamente. Isso tem levantado preocupações sobre a segurança das vidas indígenas e não indígenas na região.

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