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Segurança na limpeza da praia é reforçada após morte de turista

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A Secretaria de Obras de Balneário Camboriú, no Litoral Norte, deve aumentar a segurança nas operações de limpeza e tapa-buracos nas areias da Praia Central.

A medida foi tomada depois que o turista Tang Ming Siung, 70 anos, chinês naturalizado brasileiro, morreu após se chocar com uma máquina da prefeitura no início da manhã desta segunda-feira, na altura da rua 2400.

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O secretário de Obras, Valmir Pereira, conta que este trabalho é feito na praia há mais de 20 anos e jamais havia acontecido um acidente semelhante. Nesta segunda-feira, os funcionários que estavam na praia no momento do acidente só se deram conta do ocorrido após serem avisados pelo coordenador.

Segundo o secretário, o corpo do turista estava caído próximo a duas máquinas, e ninguém soube ao certo com qual veículo Siung teria se chocado.

— Ele (o coordenador) viu que tinha alguém caído próximo das máquinas e mandou parar com tudo. Imediatamente o coordenador foi chamar socorro das ambulâncias do Samu.

Siung chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Santa Inês, mas morreu poucas horas depois. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), ele fraturou três costelas, que teriam perfurado o fígado e o baço. O impacto teria ocorrido na parte posterior do corpo. De ferimentos externos, Siung tinha um pequeno corte no rosto, que possivelmente ocorreu após cair no chão.

Segundo informações do IML, o corpo já foi liberado e deve ser encaminhado por uma funerária particular para São Paulo, onde a vítima morava.

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as circunstâncias do acidente e começou a ouvir depoimentos de funcionários e diretores da Secretaria de Obras. O delegado Carlos Jorge Schlosser diz que mais pessoas devem ser ouvidas. O responsável pelo acidente poderá ser indiciado por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar.

Obras não devem parar

O secretário Pereira explica que o serviço não pode parar, pois as máquinas trabalham na padronização da faixa de areia. Ele afirma que destinará mais funcionários para orientar e acompanhar o trabalho e que as máquinas deverão ser equipadas com sinais sonoros e luminosos adicionais.

As cinco máquinas (uma patrola e quatro retroescavadeiras) percorrem frequentemente a orla da Praia Central para tapar os buracos deixados pela água da chuva que desce das galerias. Em alguns pontos, como na altura da rua 2400, onde aconteceu o acidente, a pressão é maior e os buracos viram obstáculos para banhistas.

Com a retroescavadeira, a areia é retirada de alguns pontos e depositada nos buracos. A patrola passa depois para nivelar tudo. O trabalho é feito durante a madrugada e segue até amanhecer para evitar horário com fluxo intenso de turistas. Quando chove, a atividade é mais frequente.

— A máquina, quando está em marcha ré, faz um barulho muito alto, quase ensurdecedor. E tem giroflex também, para ser vista de longe. Foi uma fatalidade isso que aconteceu e nós ficamos transtornados com isso — lamenta Pereira.

Fonte: Diário Catarinense

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