O brasileiro Jonatan Moisés Diniz, detido na Venezuela nesta semana, foi libertado pelo governo chavista neste sábado, 6. Por meio de sua conta no Twitter, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira deu o caso como encerrado. “O incidente envolvendo o brasileiro Jonatan Moisés Diniz foi encerrado, com sua expulsão da Venezuela”, escreveu.
A assessoria de imprensa do Itamaraty informou que o governo venezuelano limitou-se a notificar a chancelaria brasileira da expulsão de Diniz, sem dar mais detalhes sobre o caso. Ainda segundo o Itamaraty, Jonatan embarcaria para Miami em um voo da América Airlines.
Segundo a família do preso, ele foi detido por autoridades chavistas após ter sido confundido com um cidadão americano, por portar uma carteira de motorista do país onde atualmente vive. Às 19h (horário local), a mãe de Jonathan, Renata Diniz, que mora em Balneário Camboriú, disse que ainda não havia tido nenhum tipo de contato com o filho depois de sua libertação. Ela também não tinha informações sobre o voo que estaria levando-o de volta para os Estados Unidos. Ela apenas afirmou que o Itamaraty havia confirmado sua soltura.
Segundo informações recebidas por sua família, Diniz ficou preso na sede do serviço secreto venezuelano, o Sebin. De acordo com Juliano Diniz, a situação de seu irmão se agravou em razão de um mal-entendido. Como morava nos Estados Unidos e portava apenas a carteira de motorista do Estado onde morava, a Califórnia, as autoridades venezuelanas acreditaram que ele era cidadão americano.
O incidente envolvendo o brasileiro Jonatan Moisés Diniz foi encerrado, com sua expulsão da Venezuela.
— Aloysio Nunes (@Aloysio_Nunes) January 6, 2018
Segundo o jornal Estado apurou, a informação sobre um equívoco na identificação da nacionalidade de Diniz chegou ao Itamaraty, mas foi interpretada como uma justificativa fraca para uma prisão sem razões sólidas. Opositores acreditam que o regime teria interesse na detenção de americanos para usá-los como moeda de troca na disputa diplomática com os EUA. A Justiça americana condenou recentemente dois sobrinhos de Nicolás Maduro por tráfico de 800 quilos de cocaína. Eles ficaram conhecidos como “narcossobrinhos”.
De acordo com Juliano Diniz, a ONG Foro Penal Venezolano ajudou no processo de obter informações sobre o irmão. “Nós tivemos de procurar um advogado local para fazer todo o processo, porque o regime é muito fechado”, disse. “Eles ajudaram a fazer a intermediação e a descobrir o que aconteceu de fato com ele.”
* com informações do Estadão.