Depois de não chegar a um acordo com o setor patronal no ano passado, o Sechobar fechou dia 4, a Convenção Coletiva de Trabalho para os municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Navegantes.
Apontando o cenário econômico como justificativa, o sindicato negociou o repasse de 100% da inflação aos pisos salariais e 10% de reajuste salarial. Assim, os trabalhadores da região continuam tendo o maior piso do País, resultado de lutas históricas do Sechobar ao longo da última década, principalmente. No estado, o piso que mais se aproxima do praticado nessa área de abrangência é o de Lages, onde a remuneração mínima é de R$ 1167,00.
Mesmo sem alcançar o índice inicial esperado, o Sechobar pretende incorporar novos valores ao salário dos trabalhadores por meio de conquistas judiciais. “Estamos ganhando ações na justiça referente ao adicional de insalubridade para as camareiras, cozinheiros e auxiliares de cozinha, o que pode garantir um acréscimo de 160 reais ao salário”, adianta a presidente do Sechobar , Olga Ferreira.
Com o reajuste, o novo piso salarial para funcionários após o contrato de experiência passa a ser R$ 1.410, 79% a mais do que o valor do salário mínimo, de R$ 788. Para Olga, é um valor que todo trabalhador deve ter em mente. “Nenhum funcionário do setor pode receber menos do que isso após o período de experiência”, ressalta a presidente.
Independentemente do resultado da CCT, o Sechobar dará continuidade aos acordos individuais com empresas. “Com a CCT, garantimos o mínimo, que já é significativo, mas percebemos que há muitas empresas que concordam sobre a necessidade de valorização profissional e com reajustes maiores porque sabem como isso impacta na qualidade da mão de obra do setor”, avalia Olga.
O Sechobar pretende também priorizar esforços para garantir benefícios financeiros por meio de inclusão e posterior cobrança de cláusulas trabalhistas que reconheçam direitos trabalhistas e assegurem o pagamento de adicionais, como o de insalubridade, noturno e periculosidade, conforme o caso.