O Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina registrou um crescimento de 5,3% em 2024, superando a média nacional, estimada em 3,4% para o mesmo período. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), destacam que a economia catarinense segue em expansão, impulsionada especialmente pelo avanço da indústria de transformação, do setor de serviços e do comércio.
O desempenho do estado representa uma aceleração em relação às projeções anteriores, que indicavam crescimento de 4,7% até setembro. Para o economista da Seplan, Paulo Zoldan, esse avanço é reflexo do dinamismo da economia estadual, que se beneficia do pleno emprego, do aumento da renda das famílias e da atração de novos investimentos.
— A economia de Santa Catarina está superaquecida, com pleno emprego e um ambiente favorável à maturação de investimentos. A aceleração do PIB no último trimestre reflete a força da indústria de transformação e a expansão dos setores de comércio e serviços — explica Zoldan.
Indústria de transformação tem maior crescimento do Centro-Sul do Brasil
Com uma alta de 7,7% em 2024, a indústria de transformação catarinense registrou o maior crescimento entre os estados do Centro-Sul do país e o terceiro maior do Brasil. A média nacional para o setor ficou em 3,7%, evidenciando a competitividade e diversidade da produção industrial do estado.
Entre os segmentos que mais cresceram, destacam-se:
✔️ Máquinas e equipamentos e máquinas e aparelhos elétricos, impulsionados pelo aumento das exportações e pela demanda interna;
✔️ Têxteis e vestuário, favorecidos pelo crescimento da renda da população;
✔️ Alimentos e bebidas, que também acompanharam a elevação do consumo.
Setor de serviços cresce acima da média nacional
Além da indústria, as atividades de serviços foram outro pilar do crescimento catarinense. O volume de atividades turísticas, por exemplo, cresceu 9% em 2024, quase o triplo da média brasileira. O setor de transportes teve alta de 8,3%, enquanto o comércio — que representa o maior segmento dos serviços — avançou 7,2%, superando a média nacional de 4,1%.
O varejo ampliado catarinense apresentou um crescimento expressivo, com destaque para:
✔️ Veículos, motocicletas, partes e peças (+17,2%);
✔️ Produtos farmacêuticos, médicos e cosméticos (+11,9%);
✔️ Móveis e eletrodomésticos (+8,8%);
✔️ Artigos de uso pessoal e doméstico (+8%).
Santa Catarina registra mais de 123 mil novas empresas em 2024
Outro dado relevante é a forte expansão do empreendedorismo no estado. Em 2024, foram 123.410 novas empresas constituídas, um saldo superior ao de 2023. Com isso, Santa Catarina encerrou o ano com um total de 1.506.434 empresas ativas.
Os segmentos que mais atraíram novos negócios foram:
✔️ Comércio e reparação de veículos (46.630 novas empresas);
✔️ Transportes, armazenagem e correio (31.974);
✔️ Indústria de transformação (24.691);
✔️ Atividades administrativas e serviços complementares (24.623);
✔️ Construção civil (22.703);
✔️ Atividades profissionais, científicas e técnicas (22.227).
Juntas, essas áreas representam 70% das novas empresas criadas no ano.
Entre os municípios com maior concentração de empresas, destacam-se Florianópolis, Joinville, Blumenau, Itajaí, São José, Chapecó, Palhoça, Balneário Camboriú, Criciúma, Jaraguá do Sul, Brusque, Lages, Itapema, Camboriú e Tubarão.

PIB de SC se mantém entre os seis maiores do Brasil
A Seplan também revisou os dados de 2023, apontando um crescimento de 3,4% no PIB do estado, que atingiu R$ 504,6 bilhões. No mesmo período, o PIB brasileiro cresceu 3,2%.
Com esse desempenho, a economia catarinense permanece como a sexta maior do Brasil. Além disso, o estado tem o quinto maior PIB per capita do país, atingindo R$ 61.274,40, acima da média nacional de R$ 49.638,30.
Para o governador Jorginho Mello, os números reforçam a solidez do modelo econômico catarinense:
— A nossa economia está aquecida, temos pleno emprego, o que gera mais renda para as famílias. O Estado tem feito sua parte, sem aumentar impostos e utilizando incentivos para atrair mais empresas e desenvolver novos setores de negócios, como a tecnologia. Não tenho dúvidas de que essa combinação vai impulsionar ainda mais esse motor da economia nacional que é Santa Catarina — afirmou o governador.
O secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, também celebrou os números:
— Santa Catarina atingiu o segundo maior PIB dos últimos 10 anos, refletindo a assertividade das políticas públicas implementadas. Seguiremos investindo em estratégias para manter e ampliar esses resultados — concluiu.
Com um desempenho acima da média nacional, Santa Catarina reforça seu papel como uma das principais potências econômicas do país, impulsionada pelo crescimento da indústria, do comércio, dos serviços e do empreendedorismo.