Representantes do Conselho Municipal Anti-Drogas (COMAD), Núcleo Assistencial Humberto de Campos (NHAC), da organização Amor Exigente e do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) apresentaram hoje à secretária de Educação de Balneário Camboriú, Christina Barichello, o projeto “Ações Preventivas do COMAD para Prevenção ao Uso de Drogas na Escola”.
O objetivo do projeto é munir as escolas de informações e materiais para que elas mantenham um programa de combate ao uso de drogas inserido no cotidiano dos estudantes. Segundo os representantes, a escola foi escolhida por ter um papel fundamental no desenvolvimento do adolescente e do adulto e para que este trabalho atinja seus objetivos é preciso envolver pais, educadores e líderes comunitários.
De acordo com o projeto, os pais podem trabalhar na seleção de programas de prevenção. Os educadores podem incluir em sua grade curricular informações sobre drogas baseadas em evidências científicas e os líderes comunitários podem auxiliar na escolha, desenvolvimento e aprimoramento de programas de prevenção para sua comunidade.
Para a secretária, o projeto é de suma importância e merece todo o apoio da secretaria de Educação. Nos próximos dias, Cristina vai se empenhar em acordar um convênio com as entidades para que o projeto possa ser desenvolvido em toda Rede Municipal de Ensino.
Participaram da reunião Arly Maria Souza e Silva, coordenadora do Amor Exigente; Sérgio Valdir Souza, Presidente do COMAD; Eloíza Weydmann, presidente do NAHC e Luana Amaral, representante do CAPS.
UM CAMINHO SEM VOLTA!
Escreveu Carlos Fernando Priess (*)
Sempre que se houve falar em droga, diz-se comumente que é um caminho sem volta, e a luta contra o seu avanço, tornou-se uma obrigação de todos, que tentam fazer alguma coisa para minimizar um problema crescente nas grandes, médias e pequenas cidades.
Antigamente as drogas eram obtidas de formas excusas. Os viciados subiam morros, vielas ou procuravam em lugares pobres da cidade para comprar maconha e cocaína. Nos dias de hoje, essa maldição é até entregue em casa, nos automóveis de luxo, em qualquer lugar. Os noticiários dizem que existe até, disque droga. É a dolorosa realidade que vive o mundo.
Os pais falam e recomendam, mostrando os seus malefícios, mas os filhos conseguem entorpecentes com os próprios colegas de escola. Uma inversão dos fatos, pois antigamente, o viciado ia atrás, atualmente, o vício corre atrás do viciado.
A droga está nos lares, nas escolas e até nas igrejas, pois os traficantes agem a luz do dia, sem que os braços da lei possam alcançá-los e os viciados burlando seus pais.
O “crack” é a mais violenta que a cocaína em pó, pois o seu efeito, sobre o organismo quanto à dependência é mais rápido e velozmente fatal.
Foi dito que:- “As pedras tiram qualquer sentimento que possa existir no coração do homem, não se ama nada, nem ninguém, só a droga. O crack é um espírito imundo, que se encosta, sufoca e suga até a última gota.”
É necessário que pais e professores, tenham uma vigilância constante nas escolas, pois é crescente a quantidade de estudantes que se transformam em traficantes, até mesmo para sustentar o próprio vício.
Os viciados destroem a sua própria vida e a de seus pais, nesse caminho sem volta, mas que pode ser revertido, já que é possível, sim, voltar, para a vida.
O governo, que em verdade representa o povo, tem que elaborar campanhas de massificação contra o uso de entorpecentes, utilizando jornais, o rádio e a TV, para mostrar os malefícios da droga, através de depoimentos de familiares e dos médicos.
É necessário, igualmente, acabar com a corrupção, no meio político, transformando esses recursos em obras, para termos mais centros de recuperação de drogados, financiados pelo dinheiro público, pois os que existem não comportam mais a quantidade de pessoas que procuram os serviços diariamente.
A maconha é ponto de partida ao mundo sem retorno. A grande realidade do mundo dos tóxicos é a máxima: fácil de entrar e muito difícil de sair. Mas se todos se levantarem e fizerem algo de positivo há condições de mudar o atual estado das coisas. A verdade é uma só: do jeito que está não pode ficar.
Teve grande repercussão a trama de O Clone, repetida na Rede Globo, numa verdadeira campanha de combate às drogas, que a autora Gloria Perez de forma muito feliz, abordou na novela, marcando o início de uma nova fase na história, tendo como suporte as experiências verídicas vividas por pessoas reais, anônimos ou personalidades públicas, que já tiveram envolvimento com drogas.
A grande mensagem é de que a questão das drogas precisa ser encarada como problema de saúde pública e até de segurança nacional, para que se reverta como um caminho com volta, uma vontade, um sonho dos pais que sofrem com filhos viciados.
(*) Advogado/Economista – carlos@priess.com.br