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Empresa de ônibus terá de indenizar morador de Camboriú após negar passe livre previsto em lei

A empresa de transporte terrestre terá de devolver o valor pago pelas passagens e pagar indenização no valor de R$ 2 mil pelo dano moral sofrido

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CAMBORIÚ – Uma empresa de transporte terrestre terá de ressarcir o valor pago em passagens por um beneficiário do programa passe livre, impossibilitado de viajar gratuitamente – o que contraria a legislação em vigor. A ré também pagará indenização por danos morais. A decisão é do juízo da 2ª Vara Cível da comarca de Camboriú, cidade onde o autor da ação reside atualmente.

Consta nos autos que o homem e sua companheira procuraram a empresa para que, através do benefício do “passe livre” pudessem viajar de Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, até Dianópolis, em Tocantins, em um trecho de 150 quilômetros. Contudo, foram informados por funcionários da empresa que não poderiam fornecer os bilhetes sem pagamento.

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Em sua defesa, a requerida aduziu que não concedeu as passagens nos termos do benefício pois o interessado fez a solicitação fora do prazo legal, conforme específica o art. 10º, § 1º, da Resolução da ANTT no 3871/2012, que seria de no máximo três horas antes do embarque.

Ao analisar a questão, o juiz sentenciante lembrou que a regulamentação que trazia a disponibilidade de somente dois assentos para utilização do “passe livre” foi julgada ilegal em ação civil pública, decisão com alcance em todo território nacional.

“Contudo, não obstante o requerente tenha feito a solicitação após o prazo de três horas de antecedência, caso os lugares destinados aos beneficiários do passe livre estivessem desocupados, deveria a requerida disponibilizá-los ao autor. No caso, não comprovada a ocupação dos assentos especiais, o que caberia à requerida, ilegal a recusa promovida”, concluiu o magistrado.

A empresa de transporte terrestre terá de devolver os R$ 132,24 pagos pelas passagens e pagar indenização no valor de R$ 2 mil pelo dano moral sofrido. Aos valores serão acrescidos juros e correção monetária. A decisão proferida no início deste mês (1º/10) é passível de recurso

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