Apesar de Santa Catarina ser um dos estados brasileiros livres da dengue e, segundo o Ministério da Saúde, Balneário Camboriú ter “Risco Baixo” para a infestação, não se pode esquecer o combate à doença, que só é possível com a prevenção. Por isso, além de outros departamentos municipais estarem atentos, as secretarias de Saúde, Turismo e Meio Ambiente estão unidas para alertar sobre o possível aparecimento dos focos do mosquito também entre os turistas.
O secretário de Saúde, José Roberto Spósito, lembra que os poucos casos de dengue que apareceram em cidades catarinenses foram importados. “Por isso, precisamos também conscientizar turistas de que é preciso prevenir e evitar que as larvas do mosquito apareçam”, ressalta Spósito.
O trabalho das três secretarias para repassar as informações de como prevenir o aparecimento do mosquito será feito com a distribuição de folhetos informativos nos postos de informações turísticas – portal central (PIT) da Avenida do Estado e o posto da Rodoviária – hotéis e outros meios de hospedagens. Já a Secretaria do Meio Ambiente, que durante o verão desenvolve o projeto Praia Limpa, fará a conscientização dos turistas que tiverem dúvidas através dos monitores do programa. “Nós não distribuímos folhetos, para que eles não sejam jogados nas ruas e na praia. Mas nossos monitores vão estar preparados para a orientação aos veranistas”, disse o secretário André Ritzmann.
O secretário de Turismo, Ademar Schneider, que convocou a reunião entre as três entidades municipais no final da última semana, disse que é importante estar sempre alerta para que o estado continue isento da doença. “Estaremos levando o material recebido da Saúde aos PITs e hotéis, mas também lembramos que todos são responsáveis nas ações de prevenção”, colocou.
Em Balneário Camboriú foram registrados pelo Programa Municipal de Combate à Dengue, da Secretaria de Saúde, sete fotos do mosquito, sendo cinco no bairro dos Estados e dois no Nova Esperança. No verão, a proliferação é maior, pois a combinação de chuvas com o calor formam o habitat preferido para o mosquito fêmea do aedes egypti colocar os seus ovos que mais tarde se transformam em larvas.
Os sete focos detectados foram descobertos através de armadilhas espalhadas pela cidade. Somente em janeiro foram 8.789 visitas realizadas e 930 amostras coletadas, mas nenhuma positiva para a dengue. Quando aparecem larvas do mosquito, as equipes do programa realizam visitas esporádicas com intervalo de 60 dias durante um ano, e num raio de ação de 300 metros de onde surgiram os focos. Vale lembrar que um copo com água do mar, se ficar ao tempo, haverá diluição do sal e possibilitará o surgimento de larvas. O ciclo delas é de sete dias, por isso é importante que diariamente sejam feitas prevenções como:
– Evitar água limpa parada em vasos de plantas, pneus, garrafas e outros recipientes que ficam voltados com sua abertura para cima; Encha pratos de plantas com areia;
– Não deixe caixas de água destampadas;
– Evite acumular entulho e lixo; Embale bem o lixo e despache para a coleta domiciliar; Pratique a reciclagem;
– Piscinas devem ser tratadas com cloro e limpas uma vez por semana;
– Verifique se há entupimento em ralos de cozinha, áreas, sauna e banheiros; Faça a limpeza para desobstrução dessas saídas de água;
– Retire a água acumulada sobre lajes;
– Coloque areia em cacos de vidros que ficam sobre muros, para evitar acúmulo da chuva;
– Lave com bucha e sabão as vasilhas de água de animais domésticos, pelo menos uma vez por semana;
– Regue, pelo menos uma vez na semana com um preparo de água sanitária, plantas como bromélias, que acumulam água. Um litro de água limpa para uma colher de sopa de água sanitária;
– Ao sinal de febre, dores no corpo, dor de cabeça e atrás dos olhos comunique um médico ou a Saúde municipal; São sintomas também: manchas vermelhas pelo corpo e dores nas juntas; Se ocorrerem sintomas, não use medicamentos à base de ácido acetilsalicílico(Aspirina, AAS, Melhoral) e tome muito líquido.