O Dia Mundial da Tuberculose foi lançado em 1982 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra TB e Doenças Pulmonares e, desde então, são promovidas nesta data, diversas campanhas para mobilizar a população. Em Itajaí, a Secretaria Municipal de Saúde preparou uma programação diferenciada de 21 a 25 de março quando serão promovidas ações de prevenção e divulgação em todas as Unidades de Saúde.
O objetivo é envolver os pacientes que estejam sendo atendidos nestes locais, para que entendam a importância de diagnosticar precocemente a doença e tratá-la. As equipes de enfermagem irão distribuir material informativo sobre Diagnóstico e Tratamento da Tuberculose e irão intensificar a busca por pacientes sintomáticos, efetivando nestes casos a coleta de material para diagnóstico. Para o dia 25 de março está prevista uma palestra sobre tuberculose, direcionada a médicos e enfermeiros.
Dia Mundial de Combate a Tuberculose
A data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, por Dr. Robert Koch. Este foi um grande passo na luta pelo controle e eliminação da doença que, na época, vitimou grande parcela da população mundial e hoje persiste com 1/3 da população mundial infectada: 8 milhões de doentes e 3 milhões de mortes anuais.
O Dia Mundial de Combate à Tuberculose não é uma data para comemoração. É sim uma ocasião de mobilização mundial, nacional, estadual e local buscando envolver todos as esferas de governo e setores da sociedade na luta conta esta enfermidade. É o marco fundamental de uma campanha que dura até o fim do ano corrente, fator fundamental para a intensificação das ações de controle da doença.
A tuberculose tem características peculiares – transmissão aérea, evolução crônica com gravidade progressiva e seqüelas incapacitantes. O slogan deste ano é: “Em movimento contra a tuberculose. Transformar a luta para a eliminação”.
Programa Municipal de Tuberculose
O Programa de Controle da Tuberculose funciona junto ao Codim, localizado na Rua Felipe Schimidt, s/n° – Centro. O horário de funcionamento é das 7h às 19h e o telefone para contato: 3908-5710. Atualmente 84 pacientes estão em tratamento no CODIM. Já no CEREDI são 38 pacientes em tratamento co-infectados (HIV + tuberculose).
Tuberculose
O que é?
Doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Quais os sintomas?
Na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
Como se transmite?
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença.
Como tratar?
O tratamento à base de antibióticos é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados.
Como se prevenir?
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas.
Fonte: Ministério da Saúde.