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SC confirma 33 casos de H3N2 e emite alerta aos municípios

A vigilância da influenza não prevê a coleta de todos os casos suspeitos, sendo que a análise laboratorial visa demonstrar a circulação viral

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A Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES/SC) emitiu um alerta para os serviços de saúde de todos os municípios catarinenses sobre a necessidade de considerarem o vírus Influenza (gripe) como agente causador de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente na população de maior risco, como crianças, idosos e portadores de comorbidades. 

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A medida se faz necessária devido ao aumento de casos identificados em Santa Catarina, assim como o registro de transmissão da doença em outros estados do país. Em Santa Catarina, até este momento, foram confirmados 56 casos de gripe, sendo que 53 casos de influenza A que ocorreram entre o fim do mês de novembro e o mês de dezembro. Deste total, foi identificado o subtipo H3N2 em 33 casos. Embora seja preciso ressaltar que a vigilância da influenza não prevê a coleta de todos os casos suspeitos, sendo que a análise laboratorial visa demonstrar a circulação viral.

O diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, esclarece que o objetivo da vigilância da influenza é identificar uma mudança no perfil epidemiológico da doença, de forma a orientar oportunamente os serviços de saúde, bem como iniciar o tratamento adequado com o medicamento Tamiflu “A terapia precoce reduz tanto a duração dos sintomas quanto a ocorrência de complicações que podem levar à morte”, ressalta o diretor. 

O vírus influenza (gripe) 

A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e possui elevado potencial de transmissibilidade. Existem três tipos de vírus influenza/gripe: A, B e C Os tipos A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável por grandes pandemias. Entre os subtipos do vírus influenza A estão o A (H1N1) e A (H3N2).

Os sintomas da gripe tem início súbito e se apresentam como febre, tosse seca, dor de garganta, dor muscular, dor de cabeça e fadiga. Geralmente têm duração de sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. No entanto, alguns casos, principalmente em indivíduos com fatores e/ou condições de risco, podem evoluir para um quadro mais grave, conhecido como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), necessitando hospitalização. 

A transmissão do vírus influenza, que provoca a gripe, é mais comum nas estações frias como o outono e o inverno, mas o vírus circula durante todo o ano. Por isso, a transmissão no verão, mesmo que atípica, pode ocorrer. 

Dessa forma, é importante reforçar as medidas de prevenção contra a doença “A gripe e a Covid-19 são doenças respiratórias transmitidas de forma muito parecidas. Então, quando prevenimos a Covid-19, prevenimos também a gripe. É fundamental seguir as recomendações da etiqueta da tosse, manter os ambientes ventilados e continuar utilizando a máscara em locais fechados ou nos quais o distanciamento não pode ser mantido”, esclarece o diretor da DIVE/SC. 

Para prevenir a gripe é preciso:

  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir o nariz e boca com o antebraço ao espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter o uso da máscara, especialmente nos locais pouco ventilados ou em que não é possível manter o distanciamento social;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Vacinação contra a gripe 

Em Santa Catarina, a Campanha de Vacinação contra a Gripe para os grupos prioritários ocorreu em todo o estado entre os dias 14 de abril e 9 de julho. A partir do dia 10 de julho, os municípios que ainda tinham doses disponíveis puderam vacinar a população em geral. Para a realização da Campanha, o estado distribuiu 2.757.310 doses da vacina. A cobertura vacinal alcançada foi de 67,4%. 

A vacina contra a Gripe utilizada na Campanha de 2021 era trivalente e tinha a seguinte composição: A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09; A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria). O vírus influenza que circula neste momento em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, entre outros é um vírus do tipo A/Darwin/9/2021 (H3N2), que não estava contemplado na vacina utilizada na Campanha de 2021. Para o próximo ano, já existe a recomendação para que a vacina aplicada seja quadrivalente e contemple a proteção contra o vírus do tipo A/Darwin/9/2021 (H3N2).

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