A mais recente atualização epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), revela uma situação alarmante em relação à dengue no estado. O relatório, divulgado nesta quarta-feira, 13, aponta um aumento preocupante de 387,02% nos casos prováveis da doença em 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. Este ano, a presença da dengue já foi registrada em 236 municípios catarinenses.
Além do aumento expressivo dos casos, a situação se agrava com o registro de novos óbitos. Em comparação ao último informe, mais quatro mortes foram confirmadas, elevando o total para 19 vítimas fatais da doença em diversas cidades, incluindo Araquari, Indaial, Itajaí, Itapiranga, Joinville, Navegantes e São Francisco do Sul. Outros oito casos ainda estão sob investigação, refletindo a gravidade do surto atual.
A proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, também apresentou números alarmantes, com 20.270 focos identificados em 233 municípios. Dos 295 municípios do estado, 159 são considerados infestados, demonstrando a extensão do problema e a necessidade de ações de controle e prevenção efetivas.
Para combater a propagação destas doenças, a SES reitera a importância de medidas preventivas simples, mas eficazes, para eliminar os criadouros do mosquito. Entre as recomendações estão a eliminação de recipientes que possam acumular água parada, tratamento adequado de piscinas, manutenção de lagos e tanques limpos, além de cuidados com o lixo e materiais descartáveis.
O cenário atual exige uma mobilização conjunta de autoridades de saúde, governos municipais e a população, visando adotar práticas de prevenção e controle do vetor, além de garantir o tratamento adequado para os infectados.