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Delegado da DIC é afastado após indiciar PMs por falsidade ideológica

Dr. Osnei Valdir de Oliveira havia indiciado dois policiais por forjarem denúncia que culminou na prisão de um Guarda Municipal

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OSNEI
Foto: Adriano Assis/Linha Popular.

Foi afastado de suas funções, em Balneário Camboriú, o delegado e coordenador da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Dr. Osnei Valdir de Oliveira. O afastamento ocorre dias após o delegado indiciar dois policiais militares pelo crime de falsidade ideológica. Fontes garantem que Osnei será transferido para o Plantão da Polícia Civil em Itajaí, mas a cidade ainda não foi anunciada oficialmente.

O delegado regional David Queiroz de Souza, responsável pela decisão, garantiu ao jornal Diarinho que a mudança levou em conta “questões administrativas”. Segundo Queiroz, a saída de Osnei apenas coincidiu com o momento de disputa entre as instituições de segurança. Já ao Página 3, declarou que a decisão teve o intuito de preservar tanto ao Osnei quanto a harmonia entre as forças de segurança.

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Investigação e Indiciamento de militares

Dois policiais militares foram indiciados pela Polícia Civil na última semana por forjarem uma denúncia ao 190, de forma a prejudicar o Guarda Municipal Erivelto Pacheco, que realizava o trabalho de segurança no supermercado Angeloni da Quarta Avenida. Segundo o relatório de inquérito da DIC, os militares utilizaram nomes falsos para denunciar o GM, que foi preso em agosto por porte ilegal de arma.

Aponta o inquérito que no dia 14 de agosto os PMs, em serviço, ligaram para o 190 de dois orelhões diferentes, um no Bairro das Nações e outro na Avenida do Estado. Imagens de câmeras de vigilância mostram que às 21h46 daquele dia uma viatura da PM parou em uma rua e um policial desceu do veículo para usar o orelhão. Cerca de 15 minutos depois, os policiais daquela viatura participaram da prisão do guarda, que não poderia portar arma fora do horário de serviço. O guarda municipal detido foi liberado após pagar fiança de R$ 350.

Os investigadores da DIC acharam a denúncia suspeita e analisaram as gravações dos telefonemas realizados pelo denunciante, que se identifica como “Juarez”.  Ao fundo das gravações foi possível constatar o ruído de rádio comunicador da PM. O caso acabou agravando a crise entre instituições de segurança pública em Balneário Camboriú. Inclusive segundo o relatório, a motivação seria uma vingança de um caso anterior, ocorrido no mês de maio, quando quatro policiais militares foram presos por suspeita de crime de tortura.

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